O número de casos de febre oropouche quadruplicou no Brasil. Enquanto em 2023 foram registrados 832 casos da doença, o Ministério da Saúde contabilizou 3.354 apenas nas quinze primeiras semanas de 2024. Especialistas alertam, no entanto, que o número real de infectados no país pode ser ainda maior. 

Este ano, a infecção foi detectada em estados onde não havia registros anteriores. Cidades como Cuiabá (MT), Salvador (BA) e Rio de Janeiro (RJ) reportaram os primeiros casos de oropouche. Embora a vigilância epidemiológica estadual afirme que os casos foram importados da região norte, há preocupações sobre a possibilidade de transmissão comunitária estar ocorrendo.

Dos casos deste ano, 2.538 foram em residentes do Amazonas, seguidos por Rondônia (574), Acre (108), Pará (29) e Roraima (18). Fora da região Norte, Bahia (31), Mato Grosso (11), São Paulo (7) e Rio de Janeiro (6) foram os estados com maior número de registros da doença.

A febre oropouche é uma doença transmitida aos humanos por dois mosquitos: o maruim (culicoides sonorensis) e, menos frequentemente, o pernilongo (culex quinquefasciatus). Ela causa sintomas semelhantes aos da dengue: febre, mal-estar, fadiga, dores musculares e desconfortos intestinais.