Coronavírus
Pesquisa reafirma que Covid-19 pode ser transmitida pelo ar
FOTO: Reprodução
Um estudo desenvolvido por cientistas do Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) indicou a presença do novo coronavírus expelida quando as pessoas falam e mostrou que elas ficam suspensas no ar, onde reforçaram que a Covid-19 pode ser transmitida pelo ar. A possibilidade já foi testada em mais de 200 pesquisadores em todo o mundo, mas só passou a ser reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em julho.
A pesquisa ainda reforça a necessidade de monitoramento da qualidade do ar dentro dos ambientes, além da fiscalização de ventilação, junto às medidas de higiene e distanciamento, que devem ser considerados nas reaberturas de espaços fechados.
Pesquisadores explicam que ambientes que são mal ventilados, o ar não é trocado e os bioaerossóis ficam suspensos no ar, o que faz com que o risco de contaminação aumente e seja disseminado.
Para fazer a pesquisa, um dispositivo de monitoramento da Qualidade do Ar Interior (QAI) desenvolvido pela startup, chamado SPIRI, coletou mais de 20 amostras em ambientes fechados do hospital e foram feitas análises durante dois meses. O grupo notou que a ventilação contribuía para que essas micropartículas fossem dispersadas, mesmo sendo um ambiente hospitalar.
O dispositivo verifica, em tempo real, a temperatura, umidade do ar, presença de material particulado, compostos orgânicos voláteis e concentração de dióxido de carbono (CO2), considerado um indicador de eficácia da ventilação em ambientes internos, seguindo padrões da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O aparelho tem um custo mensal de R$ 400.
Os cientistas indicam que quem não conseguir obter o dispositivo, que mantenha o sistema de ar condicionado higienizado e mantenha a qualidade da circulação do ar. Além de manter as medidas de distanciamento, higienização e uso de máscara.
A startup está incubada no Centro de Inovação, Ciência e Tecnologia (Cietec), ligado à Universidade de São Paulo e ao Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen). O projeto recebeu apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e do VedacitLabs.
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