Pesquisa indica que mulher pode ter sido curada de HIV sem precisar de tratamento médico
Mulher, infectada em 1992, pode ter sido primeira pessoa que não precisou de transplante de medula óssea para cura
Uma mulher que estava infectada de HIV em 1992 pode ser a primeira pessoa considerada curada do vírus sem que fosse necessário o transplante de medula óssea ou então utilização de medicamentos, segundo informaram pesquisadores americanos. O corpo de Loreen Willenberg conseguiu sozinho suprimir o vírus. 63 pessoas que também participaram do estudo tiveram resultado parecido. A pesquisa foi publicada na revista Nature.
De acordo com os cientistas, nessas 63 pessoas, o vírus aparentou ter sido encurralado em partes do genoma onde não consegue se reproduzir. A descoberta indica que essas pessoas podem ter alcançado uma chamada "cura funcional". O mecanismo só se tornou visível em decorrência dos avanços em pesquisas genéticas.
A pesquisa também dá esperança de que pessoas infectadas e que realizaram terapia antirretroviral por muitos anos possam ser estimuladas da mesma maneira, e com isso, suprimir o vírus e parar de se medicar contra o HIV.
Um dos casos que causou até surpresa na ciência foi de Loreen Willenber, de 66 anos, já que o corpo dela se defendeu durante décadas sem que fosse necessário a utilização de remédios. Somente duas outras pessoas, Timothy Brown, de Palm Springs, Califórnia, e Adam Castillejom, de Londres, já foram consideradas curadas do vírus HIV. Contudo, em ambas as situações, eles foram submetidos a um transplante de medula óssea, que permitiu que o sistema imunológico deles criasse resistência ao vírus.