Samarco, Vale e BHP fazem proposta de R$ 90 bilhões para reparação em Mariana
A proposta das mineradoras totaliza R$ 127 bilhões, o que inclui R$ 90 bilhões em obrigações futuras e R$ 37 bilhões já investidos
Vale, BHP e Samarco fizeram uma proposta de acordo em que oferecem cerca de R$ 90 bilhões para reparação aos danos gerados pela tragédia ambiental causada pelo rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana (MG).
Segundo o comunicado divulgado nesta segunda-feira (29), a proposta das mineradoras totaliza R$ 127 bilhões, o que inclui R$ 90 bilhões em obrigações futuras e R$ 37 bilhões já investidos em remediação e compensação até o momento.
Ainda segundo o informe, os R$ 90 bilhões incluem pagamento em dinheiro de R$ 72 bilhões ao governo federal, aos estados de Minas Gerais e Espírito Santo e aos municípios, e outros R$ 18 bilhões em “obrigações de fazer”.
As mineradoras estão envolvidas em uma negociação liderada pelo Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF-6), com os governos federal e estaduais, e outras entidades públicas.
“A proposta pretende fornecer uma resolução mutuamente benéfica para todas as partes, especialmente para as pessoas, comunidades e meio ambiente impactados, ao mesmo tempo que cria definitividade e segurança jurídica para as Companhias”, informa.
“O acordo proposto estabelecerá esforços para uma reparação definitiva dos danos, proporcionando a pacificação social.”
O rompimento da barragem de Fundão, que é considerada o maior e mais grave desastre ambiental do Brasil, matou 19 pessoas e despejou mais de 40 milhões de m³ de rejeitos no Rio Doce e afluentes. A tragédia devastou uma área de cerca de 32 mil km², atingindo, direta e indiretamente, 49 municípios situados a partir do local do rompimento, em Mariana (MG), até a foz do Rio Doce, em Linhares (ES), onde alcançou o Oceano Atlântico.
