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Veneno da cobra cascavel tem potencial terapêutico no tratamento contra o câncer

Estudo destaca a capacidade da substância de estimular as células de defesa do organismo a combaterem os tumores de forma mais eficaz

Por Da Redação
Veneno da cobra cascavel tem potencial terapêutico no tratamento contra o câncer
Foto: Roberto Loffel/SAÚDE é Vital

Uma pesquisa conduzida pelo Instituto Butantan, em colaboração com pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade de Ribeirão Preto (Unaerp), revelou o potencial terapêutico da crotoxina, uma das toxinas presentes no veneno da cobra cascavel, no tratamento contra o câncer. Os resultados do estudo, publicados em uma revista científica, destacam a capacidade da substância de estimular as células de defesa do organismo a combaterem os tumores de forma mais eficaz.

O estudo, que teve como foco o câncer de peritônio, foi realizado em camundongos, tanto saudáveis quanto portadores de câncer. Os animais foram submetidos a diferentes doses da crotoxina, e os resultados revelaram que a substância foi capaz de induzir uma resposta imune antitumoral significativa.

Durante o experimento, os camundongos portadores de câncer que receberam a menor dose da toxina apresentaram uma prevalência de 60% dos macrófagos M1, células de defesa capazes de inibir o desenvolvimento de tumores. Além disso, foi observada uma redução no volume do tumor em 27% e um aumento no número de leucócitos, indicando uma resposta imune mais eficiente.

Os resultados também apontaram que a dose menor da crotoxina foi mais eficaz do que a dose maior, sugerindo que pequenas quantidades da substância são suficientes para modular as células de defesa e combater o câncer.

Apesar dos resultados promissores, os pesquisadores ressaltam a necessidade de avaliar eventuais efeitos colaterais da toxina antes de avançar para testes em humanos. Próximos passos incluem a avaliação da toxicidade da crotoxina e sua eficácia em outros modelos experimentais.

"Ainda que ressalte a importância da realização das próximas etapas, a professora considera que os primeiros resultados são promissores", conclui a pesquisadora Priscila Andrade Ranéia Silva, da Unaerp.

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