Chico Maia

Arte e Design de interior – Um casamento perfeito
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   A Obra de Arte e a sua utilização como ‘objeto’ na Decoração de Ambiente, ou no Design de Interior, ou na Arquitetura, é uma relação antiga e com resultados excepcionais na história das civilizações. Essa utilidade, essencialmente no uso decorativo, pode-se afirmar ser a sua primeira atribuição na sociedade. Vasos decorativos e utilitários, monumentos públicos, painéis em diversos materiais, relevos suntuosos, objetos do mobiliário, tapeçarias, etc., representaram, e continuam simbolizando, ostentação, elegância, ordem e poder. A exemplo dos impérios Romano, Grego, Bizantino, Babilônio, etc., onde além da funcionalidade como expressão cultural, a relação entre a Arte e a Decoração demonstra ser “um casamento perfeito.”
  A obra de Arte utilizada como um elemento da decoração de ambiente expressa o que nenhum outro objeto decorativo consegue. São Informações e símbolos além da harmonização direta que a forma e a estética da Arte impõem ao olhar. A Arte inspira, atrai e produz um certo ‘encantamento’ e elegância únicos, que podem atuar em sintonia com uma proposta da Arquitetura de interior, da Decoração do ambiente ou num projeto de Design. É talvez o único elemento da decoração que combine signos inaudíveis com estilo e personalidade, de onde é possível se extrair outras mensagens. Como a cultura, o status social, o estilo de vida, os valores, conceitos, etc., tudo relacionado com essa ‘atmosfera’ que ela produz no ambiente.
  Seja no espaço de trabalho ou residencial a obra de Arte tem um aspecto versátil e plural, definitivo. Inserir Arte enriquece os ambientes e democratiza o acesso a todos os signos que a acompanham. Do ‘cult’ ao ‘Pop’, a popularização do acesso permitiu mais interesse e ofereceu mais conteúdo sobre o tema. As galerias comerciais, as Feiras de Arte, as Mostras em espaços alternativos e as Galerias on-line, principalmente, têm despertado o interesse de um público mais jovem, ‘novos colecionadores’.  É possível encontrar obras com preços bastante acessíveis de Artistas que estão em fase de expansão de suas carreiras; ou nos múltiplos de Artistas mais conhecidos nos circuitos profissionalizados. Obras de baixo custo de investimento e que irão enriquecer e valorizar qualquer tipo de espaço ou projeto de decoração.
  Mas esse largo acesso envolve muitas dúvidas nas escolhas. O que usar? Ou no que investir? Pinturas, Gravuras, Esculturas, Fotografias, etc.? Qual a melhor opção? Então vamos lá! Essa escolha deve seguir alguns critérios. Se você está assessorado por um profissional de Arquitetura, do Design de interior ou da Decoração, é importante ter em mente que a escolha deve partir de um ‘conceito’ associado à finalidade da sua proposta. Isso vai facilitar o processo de seleção e ‘filtrar’ bastante. A que fim se destina o ambiente? Qual o nível de prioridade que esse objeto de Arte vai ter no projeto? São questionamentos essenciais para ser mais assertivo nas escolhas.
   O objeto de Arte tem pelo menos três grandes elementos intrínsecos: o tema, a forma e a dimensão. Uma obra de grande formato, por exemplo, vai produzir um impacto visual no ambiente completamente diferente de uma obra pequena. Um trabalho com tons avermelhados e quentes produz uma força de atração do olhar muito maior que os tons de cinza e pasteis. É possível partir da obra para pensar no restante dos elementos da composição decorativa. Como também constituir todos os elementos/objetos da decoração e depois pensar numa obra que irá harmonizá-los. É importante considerar a direção da iluminação do ambiente para as obras que tem moldura com vidro. Pois o efeito de espelhamento em muitos casos traz perdas inestimáveis a todo o potencial que uma fotografia, por exemplo, pode produzir num ambiente. Se for possível fazer a simulação virtual através de um editor de imagem, ou até verificar a obra no espaço antes da aquisição, é mais seguro.
  Acredito que cabe uma boa reflexão entre o valor subjetivo que a obra de Arte vai produzir no ambiente e o investimento financeiro que representa. Essa relação deve ser equacionada com sabedoria, porque há ganho nos dois aspectos. Ao adquirir obras de Arte com critérios mercadológicos é possível, além do ganho decorativo, construir um investimento financeiro de capital para o futuro, por exemplo. Mobilizar determinado capital numa obra de Arte pode ser, e é em muitos casos, uma loteria ou poupança para o futuro! Mas isso é conteúdo para outro artigo...rsrs.
 


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