Sensação de areia nos olhos, ardor, vermelhidão, irritação, sensibilidade à luz, visão embaçada, dificuldade para ficar em lugares com ar-condicionado ou em frente ao computador. Esses são os principais sintomas da Síndrome do Olho Seco – disfunção potencializada no inverno, período em que ocorre a redução natural da umidade do ar. Para conscientizar as pessoas sobre este problema ocular e ressaltar a importância do auxílio do oftalmologista para o correto diagnóstico e tratamento, foi criada a campanha nacional Julho Turquesa. Pensando nisso, o DayHORC e o Instituto de Olhos Freitas (IOF), unidades do Opty na Bahia, maior grupo de oftalmologia da América Latina, vão promover uma live sobre o tema no dia 20 de julho, às 19 horas, no Instagram das clínicas. O bate-papo é aberto ao público. Abaixo, confira entrevista sobre o tema com Dr. Ruy Cunha Filho, que participará da live ao lado das oftalmologistas Dra. Carla Cordeiro e Dra. Tânia Ramos.

1-   O que é olho seco?

Dr. Ruy Cunha Filho: A síndrome de olho seco é caracterizada pela diminuição da produção da lágrima ou diminuição da qualidade da lágrima, que leva a sua evaporação mais rápida.

2-   Quais os sintomas?

Dr. Ruy Cunha Filho: Os principais sintomas do olho seco são ressecamento, sensação de corpo estranho ou de arranhar ao piscar, olhos vermelhos, lacrimejamento, coceira ocular e visão turva ou embaçada.

3-   Quantos brasileiros têm o problema diagnosticado?

Dr. Ruy Cunha Filho: Em torno de 18 milhões de brasileiros sofrem de olho seco, e esse número ainda é provavelmente hipoestimado.

4-   Quais são as principais causas do olho seco?

Dr. Ruy Cunha Filho: O olho seco é multifatorial, podendo ter diversas causas. A idade, especialmente em mulheres pós-menopausa é um dos principais fatores causais. Uso prolongado de ar-condicionado, morar em regiões de baixa umidade e usar muitas telas de eletrônicos podem ocasionar olho seco. O uso de lentes de contato, uso crônico de colírios (como no tratamento do glaucoma), cirurgias oculares prévias ou traumas oculares também podem causar olho seco. Doenças oculares como blefarite crônica, alergia ocular e doenças sistêmicas como a síndrome de Sjogren também causam olho seco.

5-   Mulheres e pessoas com mais de 60 anos têm maior predisposição? Por quê?

Dr. Ruy Cunha Filho: Devido à diminuição dos hormônios nessa fase da vida, que diminuem a produção dos fluídos corporais, incluindo a lágrima, podendo levar ao olho seco.

6-   Quais os tratamentos mais atuais?

Dr. Ruy Cunha Filho: A principal forma de tratamento para o olho seco é o uso de lágrimas artificiais, medidas gerais como higiene de pálpebras e compressas mornas. Em casos mais graves, anti-inflamatórios, corticoides ou imunossupressores podem ser adicionados ao tratamento. Mas além desse tratamento convencional, hoje alguns serviços especializados dispõem de equipamentos de última geração para o tratamento do olho seco. Esses equipamentos apresentam tecnologias como a luz pulsada, modulação de luz ou massagem térmica para melhorar a inflamação, produção da lágrima e otimização da qualidade da lágrima, melhorando a camada lipídica, que leva a uma evaporação mais lenta da lágrima. Esses equipamentos são muito importantes no tratamento de casos refratários, em que o tratamento convencional não está funcionando bem.

7-   Qual a importância de campanhas como o Julho Turquesa?

Dr. Ruy Cunha Filho: Julho é um mês de campanha nacional de conscientização e combate ao olho seco, o Julho Turquesa. Por isso, é super importante este tipo de ação em prol da saúde dos olhos.

8-   Em termos de tecnologia, como o Instituto de Olhos Freitas e o DayHORC estão atuando para tratar o problema ocular?

Dr. Ruy Cunha Filho: Além do tratamento clínico convencional, dispomos de equipamentos de última geração para o diagnóstico e tratamento do olho seco. O Idra permite uma avaliação mais ampla de cada caso, facilitando o diagnóstico e acompanhamento, e o Eye-light que reúne duas tecnologias, luz pulsada e modulação de luz, que possibilitam um tratamento indolor e altamente eficaz.