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Religião e política

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Religião e política

Foto: Reprodução

Religião e política

A coluna Painel de A Folha informa que o ex-presidente Lula propôs criação de diversos núcleos de evangélicos pelo Brasil, a fim de buscar o eleitorado religioso que foi fidelizado pelo presidente Bolsonaro, considerando que os pastores estão com um discurso que chega bem a uma importante fatia do eleitorado brasileiro. 

O processo, no entanto, se torna muito mais complicado, avaliam alguns especialistas, porque o presidente Bolsonaro tem sabido manter esta fatia de seus eleitores alimentada com as suas manifestações de cunho evangélico. Vejo como lamentável este processo político de avançar sobre segmentos religiosos, como instrumento de potencialização de poder, de votos, pelo simples fato de que geram faturas e não, raramente, serão contra o interesse cidadão geral, no âmbito dos direitos civis.

Não é uma questão de se crer ou não, é a compreensão de que o povo brasileiro é formado por uma diversidade muito grande de religiões, e elas guardam as suas idiossincrasias muitas vezes tão peculiares que se tornam incompatíveis com o conjunto do interesse de um povo como Nação, inclusive tendo aí agnósticos e ateus. 

As religiões, de um modo geral, salvo alguns pensadores independentes desta ou daquela, guardam conceitos conservadores, muitas vezes nada sociais, porquanto calçados em estruturas sociais antigas, tendo em vista a evolução da sociedade e dos seus valores de comportamento e ação. E aqui não falo de posições políticas, neste ou naquele ângulo, falo de interesse geral, de direitos civis, de igualdade de condições na luta por conquistas, por reconhecimento cidadão de ser dos abrigados em um país. 

Entendo, assim, mesmo como religioso, mas no exercício da razão democrática, e vivendo em um Estado laico, que a defesa do respeito a todas as religiões e também, claro, dos brasileiros que são ateus, não cabe, consequentemente, imposição alguma de valor dogmático e ou sectário desta ou daquela religião a um povo inteiro, simplesmente porque alguns operadores da política partidária fazem valer o velho e não por isto menos usado processo dos “fins justificam os meios”. Lamentável. 

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