Marcelo Cordeiro

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Muito se tem falado sobre a     “Dama do Tráfego”, desde que  esta senhora aboletou-se nas salas do  poder petista. Lá, nos  altos salões do Poder, estava o crime em pessoa, levando a sua magna contribuição aos destinos revolucionários que vem sendo costurados na Nação desprevenida.

A simbologia expressa neste fato insólito não se compraz do fato em si. Trata-se de uma aliança mais sólida e mais funda que se alinhava e se expressa nas relações que o  Brasil trava com os países representativos do narcotráfego -como a Venezuela - com organizações terroristas -como o Hamas - com ditaduras totalitárias – como a China e o Irã - e outros países fora do mundo democrático.

Essa teia de compromissos internacionais sustenta-se numa base teórica e ideológica, que faz do Brasil um anão diplomático, condena o país ao atrase político e econômico e alimenta um desvario revolucionário superado e decadente. 

O Brasil lulopetista é herdeiro dos escombros soviéticos e do traste intelectual que o sucedeu. “A raça, o gênero, a identidade se tornaram a base de uma ideologia nascida nos Estados Unidos, que pretende substituir o socialismo em crise”.

Incapaz de pensar o Brasil a partir de suas realidades históricas e antropológicas, o petismo inspira-se em pensadores da conhecida Escola de Frankfurte, entre eles Herbert Marcuse, para incorporar ao seu projeto revolucionário o lumpen proletariado, cuja oposição ao  sistema capitalista “é revolucionária, embora sua consciência não o seja” E continua: “sua oposição atinge o sistema de fora para dentro, não sendo, portanto, desviada pelo sistema, é uma força elementar que viola as  regras do jogo e, ao fazê-lo, revela-o como um jogo trapaceado”

A revolução petista, goela baixa de uma classe dominante sem projeto nacional, consiste em dividir a Nação em identidades conflitantes e entrega-la ao crime do qual participa, até vê-la sucumbir numa sociedade coletivista e sem futuro democrático.

Na mesma linha do relativismo fascista, a esquerda petista cultua o pensamento de Michel Foucoult, capaz de identificar na criminalidade uma força social necessária para enfrentar a globalização capitalista.

Destaco os judiciosos comentários de Antonio Risério sobre o apreço revolucionário submarcusiano, no magistral  livro sobre Mestiçagem, apontando com clareza inigualável os desvios ideológicos do fascismo de esquerda que considera o lupemsinato uma força revolucionária, necessária às mudanças sociais reclamadas pela sociedade brasileira.

Do mesmo Risério busquei o título deste artigo, quando oportunamente citou a expressão “Seja marginal, Seja herói”, cunhada pelo pintor e escultor Helio Oiticica que, se não teve os olhos  voltados para nossa realidade atual, teve a premonição de bem caracterizar o petismo.


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