Acolhimento e recomeço

Confira o editorial deste domingo (20)

[Acolhimento e recomeço ]

FOTO: Arquivo/Agência Brasil

O Dia Mundial do Refugiado foi transformado pela Organização das Nacionais Unidas em data simbólica ao tema. Data também sensível à experiência – não raramente traumática e extrema – de quem se viu obrigado a deixar o país de origem, seja por causa de conflitos armados ou miséria, para recomeçar a vida – a sonhada segunda chance de persistir e vencer para aquelas pessoas de força e coragem.

E a pandemia piorou a situação dessa população no mundo, que cresceu 4% no ano passado. Segundo dados a agência da ONU para refugiados, em 2020, quase 83 milhões de pessoas estavam em situação de deslocamento forçado.

No Brasil, a Lei de Refúgio considera como refugiado todo indivíduo que sai do seu país de origem devido a fundados temores de perseguição por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas imputadas, ou devido a uma situação de grave e generalizada violação de direitos humanos no seu país de origem. 

Uma pessoa é perseguida quando seus direitos humanos tenham sido gravemente violados ou estão na iminência do risco. Isso pode acontecer, por exemplo, quando a vida, liberdade ou integridade física da pessoa corria sério risco no seu país.

Para solicitar refúgio no Brasil, é preciso estar presente no território nacional. A qualquer momento após a sua chegada, o estrangeiro que se considera vítima de perseguição em seu país de origem deve procurar uma Delegacia da Polícia federal ou autoridade migratória na fronteira e solicitar expressamente o refúgio para adquirir a proteção do governo brasileiro.

É, praticamente, uma súplica por tutela e se colocar no lugar de marginalizado, de pessoa não grata no país onde nasceu, tudo para um recomeço, um acolhimento e, enfim, um dia voltar a esboçar um sorriso, rir.

Falar do assunto é, sem dúvida, ressaltar a importância da inclusão, a capacidade das pessoas refugiadas em contribuir com as comunidades que as acolhem e alertar a opinião pública sobre a situação do deslocamento forçado.


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