Acordo entre WhatsApp e TSE 'é inaceitável e não será cumprido', diz Bolsonaro

Jair Bolsonaro (PL), presidente do Brasil, voltou a criticar, nesta sexta-feira (15), o acordo realizado entre o WhatsApp e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para mudanças no aplicativo, que irá implementar uma nova ferramenta que possibilita a junção de milhares de pessoas em um "supergrupo", só comecem a valer no Brasil após as eleições deste ano. 

Sobre isso, o Chefe do Executivo falou que a medida é "inadmissível, inaceitável e que não será cumprida", sem dar explicações.

"E já adianto que isso que o WhatsApp está fazendo no mundo todo, sem problema. Agora abrir uma excepcionalidade no Brasil, isso é inadmissível e inaceitável. E não vai ser cumprido esse acordo que porventura eles realmente tenham feito com o Brasil, com informações que eu tenho até este momento", afirmou Bolsonaro.

A declaração foi dada por Bolsonaro durante motociata em São Paulo. Os participantes saíram do Sambódromo do Anhembi, na zona norte da capital paulista, e foram em direção a Americana, no interior do estado

A nova ferramenta do WhatsApp foi anunciada na última quarta-feira (14). O recurso, chamado de Comunidades, vai permitir que os administradores enviem mensagens a diferentes grupos ao mesmo tempo. O lançamento no Brasil, porém, só ocorrerá após as eleições deste ano.

"É importante ressaltar que, como já previamente informado em uma reunião entre o então presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, e o CEO do WhatsApp, Will Cathcart, o WhatsApp não implementará nenhuma mudança significativa do produto no Brasil antes das eleições", divulgou a empresa.

O aplicativo de mensagens também afirmou que, após o período eleitoral, vai promover uma série de novidades. Entre elas estão as reações com emojis a mensagens, a exclusão de mensagens em grupos pelo administrador, o aumento da capacidade de envio de arquivos grandes para até 2 gigabytes e chamadas de voz com apenas um toque para até 32 pessoas.