Adriana Farina cria sandálias exclusivas, que são exemplos de slow fashion e moda consciente

A marca eleva o nível do handmade, com elaborados enfeites à mão em calçados dignos da alta costura

[Adriana Farina cria sandálias exclusivas, que são exemplos de slow fashion e moda consciente ]

FOTO: Divulgação

Em tempos em que é fundamental valorizar o produto nacional e optar pelo consumo consciente, Adriana Farina é um nome a se apostar. O début da criadora no mercado da moda foi em dezembro passado, quando Adriana lançou sua grife de sandálias femininas que mais se parecem com joias para os pés.                                                          Nas suas criações, Adriana Farina utiliza matérias-primas selecionadas e de alta qualidade, em um trabalho autoral e pioneiro na área de calçados. Com isso, cada par demora dois dias para ficar pronto, em um processo totalmente artesanal.

“Eu sempre fui grande consumidora das sandálias italianas, que são bastante estilosas e trazem adornos exclusivos, e não encontrava nada semelhante no Brasil”, explica Adriana. “Por isso, abracei a ideia de lançar uma marca de calçados para a mulher contemporânea, que valoriza beleza, conforto e qualidade, reunidos em um estilo atemporal”, conta. Foi assim que concebi uma marca em que o glamour está em vestir uma sandália onde os enfeites dão origem a peças excepcionais, muito distintas do que existe no mercado nacional, por sua beleza, delicadeza e originalidade, diz. Fui atrás desse meu sonho e trabalhei para criar algo genuíno e único”, completa.        

Processo de criação

“Sempre gostei de criar com as mãos, costurar, bordar, misturar, inventar. Minhas melhores lembranças de infância estão ligadas aos momentos em que me via diante de retalhos, linhas, miçangas, pedrarias, e me punha a criar coleções de moda para as minhas bonecas”, conta, com os olhos brilhando.                                              A distinção das matérias-primas usadas por Adriana Farina é visível na riqueza dos desenhos criados. Ela explica a importância da escolha das miçangas.  “Quem nunca se debruçou sobre o tema, poderia pensar que as miçangas são todas iguais”, diz ela.

E como não são iguais, Adriana Farina tem uma particular predileção pelas requintadas miçangas importadas do Japão, que trazem uma incrível diversidade de cores, formatos e tamanhos, podendo até mesmo levar banhos de ouro 24k.                                           

“Graças à uniformidade, qualidade e acabamentos variados, as possibilidades de criação com elas são infinitas”, explica a designer. “Confesso que nunca tinha visto nenhum bordado feito em sapatos com miçangas japonesas, sou a primeira a fazer essa loucura”, confidencia, entre risos.

Para usar as miçangas japonesas em suas sandálias, Adriana contatou os fabricantes diretamente e foi pessoalmente negociar com os fornecedores das duas melhores marcas do Japão – responsáveis pela venda do material no mundo da alta moda.

Além de miçangas, Adriana utiliza pedras naturais, cristais, cordões e paetês, entre outros vários materiais, em suas criações. “Tudo o que atrai meu olhar pela sua beleza ou pode virar matéria-prima para meu trabalho”, comemora.

Com todo esse requinte e cuidados, a designer, de fato, conseguiu produzir sandálias que se equiparam em qualidade e elegância às sandálias italianas.

Contribuindo para geração de renda e empoderamento econômico de mulheres

Ao produzir suas sandálias, Adriana decidiu compartilhar o seu sonho e conhecimento com mulheres pertencentes à população de baixa renda de comunidades de São Paulo, trazendo todo um contexto social, de empatia e solidariedade, para sua marca.

Com isso, a designer pessoalmente ensina à essas novas artesãs, oferecendo treinamento e compartilhando suas técnicas de bordado e de entrelaçamento. O objetivo é contribuir para o empoderamento dessas mulheres. E a própria Adriana explica os benefícios de sua escolha para suas parceiras e para a sociedade no geral:

  • “A capacitação de mulheres de baixa renda gera um trabalho que se torna, para elas, fonte de orgulho e de realização pessoal.”
  • “Diminuição das desigualdades. Faço questão de pagar um preço justo pelo trabalho realizado, valorizando o ofício do artesão”.
  • “Possibilidade de mulheres trabalharem em suas casas, sem se afastar dos filhos e da família. Para algumas delas, é a sua única fonte de renda”.
  • “O trabalho social por meio de uma cadeia produtiva justa é a concretização de um grande desejo: que minha marca tivesse um propósito muito além do simples consumo. Eu quero mudar vidas, ajudar mulheres na geração de renda e na valorização pessoal, essa é minha razão de ser, que caminha junto com a minha arte. É assim que coloco em prática a minha criatividade e como me realizo como designer”, finaliza Adriana.

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