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Amostras de sangue podem ser usadas para monitorar evolução de epidemias, aponta estudo

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Amostras de sangue podem ser usadas para monitorar evolução de epidemias, aponta estudo

Pesquisadores analisaram a prevalência de anticorpos na população

Por Da Redação

Um estudo conduzido por uma equipe internacional de pesquisadores, liderados por cientistas do Centro Conjunto Brasil-Reino Unido de Descoberta, Diagnóstico, Genômica e Epidemiologia de Arbovírus (Cadde), concluiu que amostras disponíveis em bancos de sangue podem ser utilizadas para monitorar a evolução de epidemias. Com base em análises realizadas em oito cidades brasileiras, foi possível montar um “retrato” da pandemia da Covid-19 no país.

Os responsáveis pelo levantamento acreditam que a metodologia pode ser implementada para rastrear outras doenças infecciosas e estimar a imunidade coletiva da população contra elas. Publicado na revista científica eLife, o estudo também envolveu pesquisadores de grandes instituições brasileiras, como Universidade de São Paulo (USP) e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

O levantamento concluiu ser possível calcular a proporção de pessoas que haviam sido previamente infectadas pelo Sars-CoV-2, vírus causador da Covid-19, no Brasil, a partir das amostras de doadores que ficam disponíveis nos bancos de sangue. Os cientistas explicam que, atualmente, esse cálculo de soroprevalência é feito baseado em coletas de amostras aleatórias, uma estratégia mais cara e difícil de ser conduzida de maneira mais frequente.

Isso é considerado um aspecto negativo uma vez que o monitoramento é importante para entender as características da epidemia. Em busca de formas mais baratas, práticas e efetivas de realizar o acompanhamento, eles decidiram avaliar se as amostras dos bancos de sangue, que são coletadas de forma rotineira, sem necessidade de um esforço extra, poderiam ser analisadas com essa finalidade. Para isso, foram testadas 97.950 coletas, entre março de 2020 e março de 2021, nas oito capitais mais populosas do Brasil: Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.

Nos testes, foram medidas as taxas dos anticorpos do tipo imunoglobulina G (IgG), que indicavam uma infecção prévia da Covid-19. Na maior parte do período englobado pelo estudo não havia vacinas disponíveis no país. Os resultados mostraram que o método é de fato efetivo.
 

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