A luta contra o câncer no sangue pode ter ganho um novo aliado. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou que a Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto (Fundherp) e pelo Instituto Butantan realizem estudos com  CAR-T, terapia inovadora com células geneticamente modificadas que agem contra alguns tipos de câncer. O foco do estudo será verificar a segurança e a eficácia do tratamento.

Segundo as informações, a terapia será testada em pacientes com leucemias do tipo linfoide aguda B e linfoma não Hodgkin B. 

Quando aprovado pela Agência de Alimentos dos EUA (FDA), em 2017, o tratamento foi considerado uma “nova fronteira na inovação médica” e uma “virada de jogo no tratamento de doenças intratáveis” e poderia ser reproduzido geneticamente em laboratório. Ele restaura a capacidade das células imunológicas, os linfócitos T, de atacar o câncer com eficiência e precisão.

Segundo a Anvisa, a partir de 2020, três tratamentos com células CAR-T de empresas farmacêuticas de biotecnologia estrangeiras foram aprovados no Brasil para o tratamento de leucemia, linfoma e mieloma.

“A ciência global está avançando rapidamente para melhorar a qualidade de vida das pessoas em todo o mundo. Os produtos de terapia avançada, que são uma nova fronteira na medicina, já estão disponíveis para muitos pacientes com doenças graves ou raras, que não têm outras opções de tratamento. Esses produtos incluem terapia gênica, terapias celulares e engenharia de tecidos”, explicou, em nota, a agência.

O objetivo agora é acelerar o desenvolvimento desse tratamento no Brasil para torná-lo mais acessível às populações que enfrentam cânceres hematológicos que se beneficiariam dessa terapia. Sem contar possíveis complicações e internações, os custos podem chegar a até US$ 500 mil.