Após receber o aval para o uso do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) nacional na fabricação da vacina contra Covid-19, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aguarda os resultados de trabalhos científicos realizados no Reino Unido para utilizar a fórmula e começar a imunizar crianças e adolescentes. O instituto também espera saber se a vacina terá algum tipo de adaptação à variante Ômicron do novo coronavírus.

Até o momento, nenhum sinal negativo chegou aos desenvolvedores do imunizante. Por enquanto, os estudos revelam que, diante do avanço de variantes, mais doses eram necessárias.

De acordo com as pesquisas, a terceira dose da mesma vacina produz eficácia contra a variante Ômicron. O vice-presidente de Produção e Inovação da Fiocruz, Marco Kriger, no entanto, destaca que isso não significa que uma adaptação não possa dar resultado importante.

No Brasil, já existem estudos clínicos com novas formulações da vacina da AstraZeneca, produzida pela Fiocruz. Segundo Krieger, se uma nova fórmula for mais potente, essa sinalização deve vir em fevereiro. Em março, portanto, já seria possível produzir uma vacina ajustada com IFA nacional. Até lá, estudos clínicos são conduzidos com segurança e equivalência de resposta imune com a atual formulação e novos formatos da vacina. 

Caso o sinal da Europa seja positivo, a Fiocruz pode ampliar a entrega de vacinas ao Ministério da Saúde. Atualmente, o compromisso é de 120 milhões de doses no primeiro semestre entregues à pasta. Segundo Krieger, a fundação tem capacidade para chegar a 300 milhões de doses entregues no ano de 2022.