Após derrubar embargo, China veta 100 mil toneladas de carne estocadas no Brasil
Situação prejudica retomada das exportações, avalia Associação Brasileira de Frigoríficos
Apesar de o embargo à carne bovina brasileira pela China ter chegado ao fim, o país asiático estipulou que o Certificado Sanitário Internacional (CSI) dos produtos precisa ter sido expedido desta quarta-feira (15) em diante. Ou seja, a expectativa do setor de retomar as exportações o mais rápido possível foi frustrada. A Abrafrigo (Associação Brasileira de Frigoríficos) disse que cerca de 100 mil toneladas do produto que estavam estocadas ficaram sem destino. A estimativa de estoque é da Consultoria Safras & Mercado.
O embargo chinês caiu hoje e, teoricamente, os envios poderiam voltar a acontecer na mesma data. Com a nova decisão, no entanto, será preciso recomeçar o processo, com o boi no pasto, que será abatido, e a carne processada. A escolha por estocar foi para preservar os volumes que deveriam ser entregues à China, por contratos que já tinham sido fechados antes do embargo, que começou em 4 de setembro.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento anunciou a suspensão das exportações por causa de casos atípicos de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), conhecida como o “mal da vaca louca”.