Farol Social
Estratégia serviu para dar tempo de avisar familiares de forma adequada sobre a morte
FOTO: Reprodução/Instagram
A morte da cantora sertaneja Marília Mendonça na tarde de sexta-feira (5), em acidente de avião bimotor em Minas Gerais junto a outras quatro pessoas, tanto despertou uma imensa onda de comoção dos brasileiros como também de críticos à forma como a assessoria de imprensa da artista conduziu o caso nos primeiros instantes da tragédia.
Por volta das 16h de ontem, quando a imprensa nacional começou a noticiar sobre a queda do avião perto de uma cachoeira na serra de Caratinga, interior mineiro, a equipe de assessoria da cantora veio à publico e disse que Marília Mendonça, além de outros passageiros e tripulação, haviam sido resgatados e passavam bem, fato que foi desmentido cerca de uma hora depois, quando oficializou a morte de todos envolvidos no acidente.
O desvio da informação, no entanto, tem um motivo bastante sensível à situação: serviu para que a equipe da assessoria de imprensa da cantora conseguisse avisar os respectivos familiares que todos haviam morrido.
A estratégia, desta forma, teve como finalidade preservar os entes queridos, para que fossem comunicados sobre a tragédia de forma íntegra e da maneira mais delicada possível. Isto é, evitar que soubessem por meio da imprensa.
Não se pode considerar que a mentira seja a forma mais correta de omitir para a família o fato da morte de um artista até que alguém possa fazê-lo de uma forma mais "delicada", e a assessoria de imprensa da cantora poderia ter optado por ter se mantido em silêncio ou usar o velho e bom bordão "atualizaremos assim que possível", mas também não se pode massacrar os profissionais por terem tentado, mesmo que de forma equivocada, proteger a mãe da cantora, que fez aniversário um dia antes da tragédia, além dos demais familiares da equipe.
Um outro caso envolvendo uma mãe em que a imprensa foi "enganada", para que a mulher soubesse da morte do filho por meio de um familiar, foi quando o helicóptero pilotado por Thomaz Alckmin caiu em 2015. O então governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, solicitou que ninguém vazasse a informação até que ele pudesse contar pessoalmente à esposa, Dona Lu Alckmin, que o filho de ambos, de 30 anos na época, havia morrido no acidente.
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