Bahia vence Atlético-MG em Feira, mas é eliminado da Copa do Brasil

Galo, que venceu o jogo de ida por dois gols de diferença, ficou com a vaga para quartas de finais

[Bahia vence Atlético-MG em Feira, mas é eliminado da Copa do Brasil]

FOTO: Felipe Oliveira/Divulgação/EC Bahia

O Bahia lutou, mas não conseguiu avançar para as quartas de finais da Copa do Brasil. O Tricolor bateu o Atlético-MG por 2 a 1, em confronto disputado na noite desta quarta-feira (4), no estádio Joia da Princesa, em Feira de Santana, na Bahia, pelas oitavas de finais da competição nacional. Com resultado, o Galo, que venceu o jogo de ida por 2 a 0, seguiu em frente, e o time baiano ficou pelo caminho.

A primeira etapa trouxe um Bahia melhor em campo. O Tricolor foi quem dominou as principais ações da partida. Marcou em cima a saída de bola atleticana, soube explorar bem os contra-ataques que teve, e praticamente não foi ameaçado defensivamente. O time mineiro encontrava bastante dificuldade para adentrar a bem postada zaga do Bahia, explorando frequentemente as jogadas pelas laterais, mesmo que não tivesse obtido sucesso nas tratativas.

O Tricolor já conseguiu abrir o marcador aos 11 minutos. Após bola rifada para dentro da área do Atlético, a defesa afastou mal, Rodriguinho ficou com a bola, passou para Rossi, que dominou no peito e disparou um chute forte na direção do gol, o goleiro Éverson foi traído pelo quique da bola e a deixou entrar.

Com 13 minutos de jogo, o Bahia esteve perto de ampliar o placar. Em nova chegada ao ataque, Rodriguinho de fora da área disparou um foguete em direção ao gol e a bola passou muito perto da trave de Éverson, que fez golpe de vista e torceu para bola sair pela linha de fundo.

O Atlético, que encontrava muita dificuldade para penetrar na defesa do Bahia, conseguiu chegar com perigo em finalização de Dodô de fora da área, aos 27 minutos. Com liberdade de fora da área, o lateral disparou um chute forte mas pela linha de fundo.

O Bahia teve a chance de ouro de marcar o segundo aos 29 minutos. Após cobrança de Lucas Mugni para dentro da área, Éverson afastou mal, ela sobrou para Luiz Otávio, que testou firme para o gol, mas o goleiro se recuperou e fez uma bela defesa, na sobra, Conti com o gol escancarado mandou por cima do gol. Incrível a chance desperdiçada pelo Tricolor.

Com controle da partida, o Bahia seguia trocando passes e esperava alguma brecha ou erro do Atlético para tentar chegar mais uma vez com perigo, mas o time não conseguiu furar novamente o bloqueio defensivo do Galo.

Aos 44 minutos, quando o confronto já caminhava para o encerramento da primeira etapa, um dos refletores do estádio se apagou e o jogo teve que ser paralisado. Após oito minutos de paralisação, os jogadores entraram em consenso e resolveram prosseguir com a partida mesmo diante do problema.

A paralisação aparentemente surtiu grande efeito para o Bahia na partida. Aos 54 minutos, Lucas Mugni fez um belo cruzamento do lado esquerdo para dentro da área e achou Juninho Capixaba dentro da área, que subiu mais alto que os zagueiros do Atlético e testou firme para o fundo das redes de Éverson. 2 a 0 para o Tricolor, e boa vantagem na ida para o intervalo.

Na volta para a segunda etapa, o Atlético percebeu que não dava pra adotar uma postura que não fosse agressiva já que estava deixando a classificação ficar mais complicada.

Aos 3 minutos, Vargas recebeu passe dentro da área do Tricolor e soltou uma bomba na direção do gol e a bola saiu com perigo do gol de Matheus Teixeira.

O Atlético já vinha melhor na partida durante a segunda etapa, aliás, era o único time que se preocupou realmente em jogar os 45 minutos finais. De tanto persistir, conseguiu ser premiado com o gol.

Aos 17 minutos, após cruzamento do lado direito, Vargas cabeceou no cantinho e não deu para Matheus Teixeira chegar na bola. Gol do Galo.

O decorrer da partida pouco foi alterado com a postura das duas equipes. O Bahia aparentava nervosismo e até cansaço dos jogadores, que não conseguiam dar sequência a muitas jogadas, sempre sendo facilmente contidos pelos defensores do Atlético. O time mineiro com resultado embaixo do braço trocava passes com tranquilidade e ocasionalmente chegava ao ataque para tentar buscar o empate.

Aos 43 minutos, o Atlético teve a bola da classificação nos pés. Em contra-ataque em velocidade, Hulk disparou em velocidade na direção do gol e passou para Dylan, que bateu mal para o gol e desperdiçou a chance do empate. No contra-ataque do Bahia, Gilberto também perdeu ótima chance ao entrar na área e soltar uma bomba para o gol, mas muito forte, por cima.

Sem forças para reagir e anotar o terceiro gol, o Bahia se deu por vencido e foi eliminado da Copa do Brasil após o apito final do árbitro. De consolo, ao menos o Tricolor voltou a vencer após cinco derrotas seguidas na temporada.

Análise do Bahia na partida:

Se houvesse só um tempo para jogar, o Bahia teria feito a melhor partida dentro de muito tempo, mas infelizmente, dois tempos precisaram ser jogados, e o Tricolor não conseguiu ser regular e demonstrar a mesma garra e futebol da etapa inicial, quando controlou o jogo, marcou muito bem os principais jogadores do Atlético e merecidamente conseguiu abrir uma boa vantagem. Dava a impressão de que o time baiano iria pra cima na segunda etapa em busca da classificação no tempo normal, mas só parecia.

Na segunda etapa, o Bahia simplesmente não voltou para campo. Cedeu todas as chances possíveis para que o Atlético conseguisse marcar o seu gol, e foi punido por isso quando sofreu o gol da desclassificação. Como tem sido uma constante na temporada, o time voltou a jogar apenas um tempo e abdicar do outro, permitindo que o adversário cresça e consiga atrapalhar os planos tricolores. Desta vez não foi diferente.

A classificação não veio, mas é um triunfo para dar ânimo aos jogadores na sequência do Brasileirão. O time pôs fim ao jejum de cinco jogos sem vencer, mas ainda precisa voltar a conseguir resultados positivos na Série A, cujo foco único e exclusivo do Tricolor tem que ser no momento não deixar o Z-4 se aproximar. A postura de hoje precisa se repetir com mais frequência.


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