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Baiano muda hábitos na alimentação e no esporte

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Saúde

Baiano muda hábitos na alimentação e no esporte

Segundo levantamento do IBGE, 53% dos habitantes da capital estão com excesso de peso

Por Osvaldo Marques
 Baiano muda hábitos na alimentação e no esporte
Foto: Reprodução/Instagram (@crossfit_ssa)

Conhecida como a cidade do dendê e do acarajé, a capital baiana possui histórico de obesidade e sedentarismo elevados, como apontam os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com a pesquisa, apenas 37% dos baianos praticam esportes ou alguma atividade física, isto é, pouco mais de um em cada três pessoas de 15 anos ou mais idades se exercitam no seu tempo livre.

Em Salvador, 53% dos habitantes estão com excesso de peso e 19,5% obesos, de acordo com a pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), realizada pelo Ministério da Saúde. Porém, a transformação nos novos hábitos já pode ser percebida através das mudanças que se dão por conta da influencia de uma nova maneira de se exercitar que invadiu a Bahia.

Nos esportes, a novidade é o Crossfit. A modalidade que é a mistura entre ginástica olímpica, atletismo e musculação, chegou como uma febre em Salvador, e deixou o baiano “viciado” pelo esporte. Os resultados são obtidos em curto prazo, o que empolga os praticantes e faz com  que passem a aderir aos bons hábitos na alimentação saudável.

Rafael Rocha, engenheiro, 33 anos, tinha 148 kg. Disse que sempre lutou contra a balança, mas não conseguia êxito. Pensou em fazer a cirurgia bariátrica, mas depois que deu os primeiros passos no esporte, mudou de ideia, “Dei a volta por cima, mas imaginava que era impossível, pensei em fazer bariátrica, fiz todos  os exames, faltou só marcar a data da cirurgia", afirmou o engenheiro, que se sente fisicamente realizado. “A saúde começa a melhorar e a pessoa  não quer mais largar. No cross todos  treinam juntos, isso é divertido, não tem rotina e a pessoa  nem sente o tempo passar”.

Para o cirurgião bariátrico Eduardo Guimarães, membro associado à Sociedade Brasileira da Cirurgia Bariátrica e Metabólica, entender que a obesidade é uma doença é um ponto importante, sobretudo, um grande equívoco cometido não só pelos pacientes, mas também por alguns profissionais, colegas médicos. “A obesidade - está comprovada - é uma patologia, uma doença. Não é um simples descaso, desleixo da pessoa, ou falta de vergonha que a pessoa come porque gosta de comer, não é isso. É uma doença como qualquer outra, que precisa ter uma abordagem muito competente com profissionais capacitados para poder controlar isso”, afirmou o cirurgião.

Para o endocrinologista Sérgio Braga, diretor da Clínica da Obesidade, a doença tem múltiplas causas e são crônicas. Para que o tratamento surta efeito, deve ser abordada por toda equipe multiprofissional, com um trabalho transdisciplinar, que envolve além dos três pilares principais, outros capacitados. “O médico endocrinologista junto com o nutricionista e o professor de educação física são os principais profissionais no tratamento, mas além deles, pode-se contar também com fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, psicólogos, dentre outros”, afirmou.

Para a nutricionista Nicolle Murici, a atividade física ajuda bastante, porém, sem mudar a alimentação, não se perde tanto peso assim. “Sem dieta não vai pra lugar nenhum, é preciso ter uma reeducação alimentar”, ressaltou.

Para o coach do Crossfit SSA, Thiago Groba, ser crossfit vai além de tudo. É socializar e descobrir limites, é saber que pode ir muito mais além de onde se imagina, é para todas as idades e para todos os pesos. “Todos devem fazer crossfit”, afirma o profissional de Educação Física.

A Bahia possui o percentual mais baixo de adesão a esportes e atividades físicas dentre os 9 estados nordestinos. Já entre as 27 unidades subnacionais, tem apenas o 18º maior percentual de praticantes ou atletas.
 

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