BC: inflação de 2020 foi melhor que previsão anterior

Alta é temporária, mas pode afetar cenário de 2021, afirma o diretor de Política Monetária do Banco, Bruno Serra

[BC: inflação de 2020 foi melhor que previsão anterior]

FOTO: Reprodução/ Agência Brasil

O resultado da inflação de 4,5% em 2020, acima do centro da meta, foi "espetacularmente" melhor do que uma inflação de 2,1%, como previsto pelo Banco Central em setembro do ano passado. A declaração foi dada nesta terça-feira (12), pelo diretor de Política Monetária do Banco, Bruno Serra. A meta projetada era de inflação de 4%. "Estamos entregando uma inflação acima do centro da meta, o que nunca é desejável. Mas, como a gente está sempre perseguindo o centro da meta, que era de 4% em 2020, 4,5% é espetacularmente melhor que os 2,1% que a gente imaginava no final de setembro".

Nesta terça (12), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística informou que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo do ano passado ficou em 4,52%.

De acordo com Serra, a alta da inflação é temporária, mas pode afetar o cenário de 2021. Ainda segundo ele, outros fatores de pressão para a alta da inflação foram o dinheiro do auxílio emergencial, questões climáticas que impactaram colheitas no sul do país e a restrição na produção de petróleo da Arábia Saudita.  “Teremos uma inflação um pouco mais alta do que imaginávamos, algo que teremos que avaliar nos próximos ciclos. Mudou muito o cenário de commodities de dezembro para cá e teve uma mudança no câmbio também”. 

Segundo o diretor, o BC deve rever em breve a taxa Selic, que atualmente está em 2% ao ano, mas ressaltou que a alteração vai depender do rumo que tomar a política fiscal do país. "A taxa de juros estrutural da economia brasileira não é 2%. Não é a taxa em que o Brasil vai conviver em situações normais. É o nível que o Banco Central precisou colocar para perseguir a meta de inflação em um ambiente bastante típico". 

Na próxima semana, o Comitê de Política Monetária realiza a primeira reunião de 2021, mas, de acordo com Serra, ainda não deve haver mudanças na taxa da Selic. 


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