‘Bom ver a Bahia cada vez mais verde e amarela, diferente do vermelho’, diz Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) participou nesta sexta-feira (3) da cerimônia de entrega da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL) na cidade de Tanhaçu, sudoeste do estado. Na ocasião, Bolsonaro voltou a criticar o Partido dos Trabalhadores (PT) e afirmou que é bom “ver a Bahia cada vez mais verde e amarela, diferente do vermelho”. Além disso, o presidente voltou a confirmar presença nas manifestações marcadas para o feriado de 7 de setembro.  

“É muito bom voltar à Bahia e ver ela cada vez mais verde e amarela. Além disso, é muito bom ver que ela está cada vez mais diferente do vermelho, onde opera a mentira e corrupção. É muito bom voltar ao nosso Nordeste, outrora usado para fins politiqueiros. Silas Malafaia, meu irmão, o estado é laico. O presidente, no entanto, é cristão. Eu devo lealdade ao povo. Vocês são a minha base e a base do Brasil”, disse Bolsonaro. 

"Vocês me perguntam sobre onde estarei no próximo dia sete, e eu respondo: Estarei onde o povo estiver. Não existe país melhor do que esse. A liberdade não tem preço. A vida sem liberdade não existe. Se Deus quiser, no próximo dia sete estarei na Esplanada dos Ministérios e a tarde em São Paulo, na Avenida Paulista. Vocês não estarão lá para idolatrar um político, mas para mostrar a grandiosidade do nosso país”, completou.

Bolsonaro falou ainda sobre o trabalho executado por ele na formação dos ministérios. Para o presidente, em 30 anos, nenhum outro presente formou um ministério como o dele. Além disso, ele voltou a afirmar que não tem “peixada” no governo dele. "Eu desafio aqueles que desafiam a instituição a voltar para o seu lugar. Quando se fala em obras, acredito que, em pelo menos em 30 anos, vocês não viram um ministério como esse que eu formei. Não tem peixada no meu ministério, tem pessoas competentes. Eu dei ao ministro Tarcísio Gomes e João Roma total liberdade. Assim sendo, não podemos esperar outra coisa senão progresso para o nosso Brasil”, disse.

Na ocasião, o presidente estava acompanhado do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes, e do ministro da Cidadania, João Roma. No discurso, Tarcísio voltou a reforçar os trabalhos realizados pela gestão de Bolsonaro. “É importante nesse dia fazer uma pequena retrospectiva do que a gente encontrou em 2019. Quando o presidente chegou, as obras da BR-163, Ferrovia Norte-Sul e Ferrovia de Integração Oeste-Leste estavam paradas. Nós encontramos um país paralisado, destruído e com a infraestrutura abandonada. Bolsonaro nos deu a determinação de dar continuidade às obras paradas e, assim, colocar o Brasil nos trilhos. É isso que tem sido feito até então. Nós queremos comemorar entregas”, disse.

“Nós estamos assinando hoje o contrato da Ferrovia Oeste-Leste. Isso aqui é uma realidade, não é mais um sonho. Nós temos um grupo que trabalha muito lá fora e temos a intenção de investir cinco vezes mais na Bahia. Isso significa confiança, significa que estamos indo na direção certa. Estados trazendo esperança. Este contrato significa esperança para muitas pessoas que vão poder levar sustento para casa. O presidente está fazendo a diferença, colocando o Brasil nos trilhos. Quantos milhões de empregos serão gerados nos próximos anos? A palavra emprego virou uma obsessão para o presidente Bolsonaro. Os programas precisam transformar a vida das pessoas, de forma sustentável, e fazer a diferença”, completou. 

Já João Roma, além de elogiar o governo atual, voltou a criticar o (PT): “Essa obra se arrasta há décadas. Pessoas achavam que essa obra não iria sair do papel, mas Bolsonaro tem colocado o Brasil nos trilhos.  É isso que o presidente tem feito e isso não se faz do dia para a noite, mas sim com muita disciplina. Nosso foco é melhorar a vida dos brasileiros. Bolsonaro é o que mais faz pela Bahia, inclusive, conseguiu fazer em um ano o que o governo passado não fez em 13 anos”, afirmou Roma. 

Pandemia

Durante o evento, Bolsonaro voltou a criticar as medidas restritivas para conter a propagação da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, e afirmou novamente que o desemprego e o aumento dos combustíveis é “culpa dos governadores”.  

“Muito governador, inclusive o deste estado, tomou medidas que prejudicam o povo. Tirou o emprego de vocês e muitos que vivem na informalidade, por exemplo, entraram em desespero. O auxílio emergencial foi uma necessidade. O governo os atendeu nesse momento difícil. As medidas restritivas, o famoso ‘fique em casa’, trouxe consequências. O preço dos alimentos aumentou, mas os combustíveis são de responsabilidade do ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços] do governador. Nós, entretanto, vamos mudar o Brasil. Já indiquei um ministro para o STF [Supremo Tribunal Federal]”, disse.

“Vamos derrotar aqueles que querem nos levar para o caminho da Venezuela. Não conseguirão! Nós estamos no caminho certo. Eu quero, em um futuro bem distante, entregar um Brasil bem melhor do que aquele que eu recebi em janeiro de 2019. Obrigada a todos! Brasil acima de todos!”, finalizou o presidente. 

FIOL

As obras de construção da FIOL começaram em 2011, em uma parceria entre os governos federal e da Bahia. No entanto, por falta de verbas, foi paralisada entre 2015 e 2017. A previsão era de que a FIOL tivesse a construção concluída em 2014, mas ela segue sem previsão de finalização. Quando concluída, a FIOL deve reduzir os custos de transporte de grãos, álcool e minérios destinados ao mercado externo. Nesta sexta-feira (3), a Bahia Mineração (Bamin) assume oficialmente o trecho da FIOL que fica entre as cidades baianas de Caetité e Ilhéus. Essa concessão acontece após o leilão vencido pela mineradora em abril. 

Depois da passagem pela Bahia, o presidente Bolsonaro seguirá para o Recife, em Pernambuco, onde participará de uma cerimônia de inauguração das instalações da Escola de Formação de Luthier e Archetier da Orquestra Criança Cidadã, durante a tarde.