Brasil tensionado

Confira o editorial desta terça-feira (2)

[Brasil tensionado ]

FOTO: Divulgação

É nítida a tensão que paira sob o Brasil, derivada de um momento conturbado em meio à pandemia e uma desordem na política em âmbito nacional. Ninguém se entende, todos querem mandar mais e o país permanece estagnado diante de diversas e distintas problemáticas com efeito direto na economia e sociedade.

As manifestações no último domingo de grupos oposicionista ao atual governo federal, em afronta direto aos já costumeiros atos de apoio ao presidente Bolsonaro no fim de semana, sem dúvida colocam um ingrediente novo neste campo minado. Foi a volta da violência contra a polícia e ameaças entre a própria população. Foi, além de tudo, a volta do perigo aos cidadãos de bem que eventualmente ficam entre vândalos e homens da segurança pública.

Mas, é evidente, não se trata apenas disso. Um dia antes, um ato pra lá de estranho, com cacoetes intimistas, foi protagonizado por Sara Winter, uma ferrenha apoiadora do presidente Bolsonaro. Uma crítica circense ao Supremo Tribunal Federal (STF), a chamada Marcha dos 300, transformou uma necessária pauta ao país (quais os limites da Corte e de seus magistrados?) em descabidas ameaças, isso sem ainda entrar na questão de se o ato usou ou não símbolos inspirados nos supremacistas brancos norte-americanos.

A queima de uma bandeira nacional, ontem em Curitiba, em novo ato de grupos com agenda antigoverno, mostra como acirrar a polarização da sociedade no que diz respeito à manifestações políticas tensiona demais a democracia. A qual preço?

Entra no campo da barbárie, da vontade de se impor diante do outro por meio do choque, de movimentos inconstitucionais – e isso serve tanto para o ato de se queimar um símbolo nacional como pedir um novo AI-5, passíveis de serem enquadrados como crimes. Neste balaio de gato pode-se colocar a onda e disseminação desenfreada de fake news, que hoje pode ganhar mais um capítulo obscuro com o mal costurado Projeto de Lei 2.630/2020 em pauta no Senado.

O país permanecerá na inércia enquanto autoridades, sociedade civil e organizada insistirem em tentar alçar soluções que não estão dentro do âmbito democrático.


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