Bruno Reis critica decisão da Câmara de derrubar veto do projeto de piso salarial dos agentes comunitários

Prefeito afirmou que foi surpreendido com mais um artigo que não passou pelo Plenário e que ação não terá seu respeito

[Bruno Reis critica decisão da Câmara de derrubar veto do projeto de piso salarial dos agentes comunitários]

FOTO: Farol da Bahia | Reginjaldo Ipê/CMS Salvador

O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União), criticou a decisão do presidente da Câmara de Vereadores de Salvador, Geraldo Júnior (MDB), na sessão em que o órgão analisou o veto ao projeto do piso salarial dos agentes comunitários de saúde e de endemias da capital baiana, derrubado de forma ilegal. Declarações ocorreram em  coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira (10).

"Eu tinha colocado na mesa uma remuneração de R$ 3.358,90, isso representava a prefeitura colocar mais R$ 44 milhões de reais ano, chegando a 121 bilhões. Enquanto o governo federal que botava 55 milhões estava botando apenas 40", afirmou Bruno na ocasião.

"Essa proposta representa um aumento real de 72%. Eles iam sair de R$ 1.951,00 sem transporte e sem alimentação, para 3.358,00 reais. Estávamos próximos de fechar o acordo e mais uma vez o presidente da câmara, sem conhecimento da nossa base, impediu o processo, mesmo tendo anunciado que haveria uma reunião com a presença do secretário Thiago Dantas e de Paulo Magalhães Junior", pontuou.

Em outro momento o gestor afirma que "os agentes que estavam na sessão onde foi aprovado o projeto de lei que estabelecia o reajuste de 11% para os trabalhadores da saúde, sabiam que não estava na pauta daquele dia a apreciação do reajuste, que nós íamos seguir discutindo".

"Então eu fui surpreendido com mais um artigo que não passou pelo Plenário da câmara, não foi apreciado pela ampla maioria dos vereadores, para que o prefeito pudesse vetar, como eu fiz", acrescentou.

"Se prosperar essa aberração jurídica que a Câmara está propondo, o salário dos agentes comunitários vai para R$ 6.681,00 reais, e colocando os auxílios passa de R$ 7 mil reais. "Isso representa 24% de aumento. Quem aqui, de um ano para o outro, já obteve um aumento desse?", questionou.

Bruno ainda afirmou que a ação não terá por parte do prefeito qualquer tipo de respeito. "Isso é inadmissível, é brincar com o sonho e com o prato do dia a dia das pessoas. Uma medida como essa vai representar uma judicialização que ninguém sabe quando vai acabar. A troco de eleição, de apoio político? Enganando as pessoas. Qual o governo que resiste ao impacto de 310 milhões ao ano? Nenhum, pois não há previsão orçamentária para isso, portanto não tem como ser pago".

"Se entrar em um comparativo, hoje, a prefeitura bota 58% e a União 42%. Se a a proposta que estávamos negociando for acatada, a gente continua botando o mesmo valor. É impossível a prefeitura colocar 77% enquanto o governo federal vai botar apenas 23%. Não é esse o princípio da emenda", completou o gestor.


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