Turismo
Mais de 8% da população brasileira possui algum tipo de deficiência
FOTO: Getty Images
É comum que pessoas com deficiência desistam de realizar uma viagem devido a falta de acessibilidade no turismo. Por mais que tenhamos uma lei que estabeleça critérios para a acessibilidade em transportes, edificações e outros, nem sempre as regras são seguidas. Pensando nas dificuldades que as pessoas com deficiência enfrentam, a Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA) lançou nesta semana a campanha "Turismo Inclusivo: Abrace as diferenças".
A ação tem o objetivo de fomentar a importância de empresas e destinos turísticos adotarem medidas inclusivas que possibilitem que todas as pessoas possam ter acesso às atividades do setor. Além disso, o lançamento também dialoga com o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, celebrado em 21 de setembro. A FBHA afirma ainda que a iniciativa pretende promover o turismo inclusivo, em território nacional, para facilitar o acesso de pessoas com qualquer tipo de deficiência ou necessidades especiais.
Desta forma, é possível que todo indivíduo possa apreciar locais turísticos e gastronômicos no Brasil, principalmente com a reabertura das atividades proporcionada pelo avanço da vacinação contra o novo coronavírus. “É inegável que o turismo faz o coração de muitas pessoas bater mais forte. Entretanto, infelizmente, às vezes é esquecido que diferentes pessoas gostam de desfrutar das belezas do nosso setor. Essa situação é comum, especialmente, para quem sofre com alguma deficiência. Nós, do segmento, somos movidos pelo povo e o que nos mantém vivos é o calor humano. Portanto, o objetivo da nossa campanha é fazer com que todos decolem nesse universo tão vasto sem limitações ou empecilhos”, comenta Alexandre Sampaio, presidente da FBHA.
Sampaio também informa que, por meio da ação, a entidade busca conscientizar os empresários sobre a importância de adaptar os seus estabelecimentos para o recebimento de pessoas com deficiências, sejam elas psicológicas, fisiológicas ou anatômicas. Investir em infraestrutura, segundo os especialistas, é um dos passos para garantir a acessibilidade no turismo. Além disso, é preciso que os profissionais da área estejam preparados para atender as mais diferentes necessidades. Ainda de acordo com a FBHA, banheiros adaptáveis, informações em braile, rampas de acesso, elevadores e telefones para deficientes auditivos são algumas das medidas que podem ser implementadas nos negócios.
No Brasil, o turismo acessível ainda é uma área bastante precária. Dados de um levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam, no entanto, que 8,4% da população brasileira acima de dois anos possui algum tipo de deficiência. Esse percentual corresponde a 17,3 milhões de cidadãos.
“Sabemos que muitos destinos possuem restrições e barreiras que impedem a acessibilidade. Por isso, esse debate é de suma importância. Nossa missão é oferecer oportunidades em vez de levantar barreiras. O turismo consegue, sim, ser inclusivo. Especialmente após quase dois anos de pandemia, onde ficamos limitados ao contato com outras pessoas, devemos trazer à tona a importância do acolhimento. Nosso slogan traz esse conceito singular e afetivo: abrace as diferenças”, disse Sampaio.
O presidente da FBHA informa ainda que a campanha busca trazer a inclusão de todas as pessoas, incluindo turistas de diferentes idades, raças e gêneros. "A beleza do nosso setor está, justamente, na possibilidade de todos se sentirem confortáveis e capacitados em viajar. Não há distinções. Portanto, a inclusão sempre deve ser pensada de forma apropriada", concluiu.
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