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Câncer: 82% dos moradores de favela não conseguem marcar exame no SUS

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Câncer: 82% dos moradores de favela não conseguem marcar exame no SUS

Pesquisa mostra que detecção da doença é desafio para maioria dos brasileiros

Por Da Redação, Agência Brasil
Câncer: 82% dos moradores de favela não conseguem marcar exame no SUS
Foto: Agência Brasil

Uma pesquisa feita pelo DataFavela e Instituto Locomotiva, divulgada nesta quarta-feira (10), mostra que as maiores dificuldades de moradores de favelas em todo país no acesso ao diagnóstico e tratamento do câncer estão na demora em realizar agendamentos de exames (82%) e no acesso a instituições de saúde (69%). 

O levantamento escutou 2.963 pessoas, maioria de raça negra, classes D e E, de todas as regiões do país, entre os dias 18 de janeiro e 1º de fevereiro deste ano. A maioria do público ouvido depende exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS)- 82%.  

Entre os entrevistados, 70% disseram que tentam cuidar da saúde, mas relatam que nunca encontram médico no posto de saúde e os exames demoram muito. Além disso, 41% dos entrevistados responderam que não costumam fazer exames ou só realizam quando estão doentes. Esse índice cai para 34% entre pessoas que têm 46 anos ou mais.

A pesquisa aponta ainda que 7 em cada 10 moradores de favela acham que têm menos acesso à informação sobre prevenção e diagnóstico precoce da doença.  Para 68% dos entrevistados, a prevenção é importante, mas não têm acesso às unidades de saúde adequadas.  

Para a fundadora e presidente do Instituto Oncoguia, Luciana Holtz, esses dados mostram a desigualdade no acesso à saúde no Brasil, além de indicarem a falta de transparência nas informações para a população.  

“Tem muito tempo que a gente acompanha esses problemas e, literalmente, nada acontece. Uma coisa são as filas e a gente sabe que elas são grandes, mas a gente não sabe de que tamanho é a fila, porque demora, o que está acontecendo. E mais do que não saber enquanto sociedade, existe um paciente esperando, sabendo que o câncer dele precisa ser tratado e isso tem um impacto gigantesco”, disse.  
 

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