Para ser feliz para sempre, é preciso se casar, ter filhos e formar uma família para chamar de sua? É assim que muitas mulheres imaginam a vida, o que, naturalmente, é influencia vinda não só de gerações anteriores, mas também, impostas pelas normas sociais e adquiridas nas histórias de alguns filmes vistos na infância, como os da Disney, onde a “felicidade”,normalmente, implica em casar e ter filhos. Mas, felizmente, os paradigmas estão mudando, defende Paul Dolan, professor na London School of Economics e Political Sciense. 

O cientista comportamental diz que a ciência sustenta a ideia de que as mulheres solteiras e sem filhos são o subgrupo mais feliz da população e tendem a viver mais do que seus pares casadose com filhos. No seu mais recente livro Happy Ever After: Escaping The Myth of The Perfect Life – que em tradução literal seria, “Feliz para sempre: Escapando do mito da vida perfeita”  - Paul Dolan cita o American Tome Use Survey, que comparou os níveis de prazer e tristeza em indivíduos solteiros, casados, divorciados, separados e viúvos. O estudo revelou que a narrativa existente que sinaliza o casamento e os filhos como sinais de sucesso pode levar algumas mulheres solteiras a sentirem-se infelizes, mas não a maioria. Com base nos resultados da pesquisa, o autor defende que "o subgrupo mais saudável e feliz da população, são as mulheres que nunca se casaram ou tiveram filhos", disse Dolan em entrevista ao jornal britânico, The Guardian.

Para o autor, os estudos mais recentes mostram que os marcadores tradicionais usados para medir o sucesso não se relacionam com a felicidade. "As pessoas casadas são mais felizes do que outros subgrupos da população, mas apenas quando o cônjuge está no mesmo ambiente do interrogatório”, ou seja, as mulheres fingem felicidade para não desagradar os homens.

O especialista conclui que os homens provavelmente devem se casar, mas as mulheres não.