Saúde
Segundo a pesquisa, a perda de peso pode retardar o declínio cognitivo e reduzir o risco de demência
FOTO: Pixabay
Um artigo publicado no Journal of Alzheimer's na terça-feira (31) apontou que pessoas obesas sofrem de neurodegeneração cerebral em níveis parecidos aos de pacientes com a doença de Alzheimer. Os autores do estudo sugerem que a perda de peso pode retardar o declínio cognitivo e reduzir o risco de demência com o passar dos anos.
Os cientistas usaram amostrar de mais de 1.300 pessoas, no qual faziam comparações entre obesos e não obesos, e pessoas diagnosticadas com Alzheimer.
Em meio as análises, os pesquisadores constataram que o afinamento no córtex temporoparietal direito e no córtex pré-frontal esquerdo foi semelhante em indivíduos obesos e com Alzheimer.
Essa descoberta sugere, segundo os autores, que a obesidade pode causar o mesmo tipo de degeneração encontrada em quem sofre com a doença de Alzheimer.
“Nosso estudo fortalece a literatura anterior que aponta a obesidade como um fator significativo na doença de Alzheimer, mostrando que o afinamento cortical pode ser um dos mecanismos de risco em potencial. Nossos resultados destacam a importância de diminuir o peso em indivíduos obesos e com sobrepeso na meia-idade, para diminuir o risco subsequente de neurodegeneração e demência”, afirma em comunicado Filip Morys, pesquisador do The Neuro (Montreal Neurological Institute-Hospital) da Universidade McGill e primeiro autor do estudo.
O excesso de peso pode proporcionar uma série de riscos à saúde, principalmente se permanecer por muitos anos. Indivíduos com essa doença têm mais incidência de hipertensão, diabetes e maior chance de alguns tipos de câncer.
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