Ciclone: número de mortos aumenta para 41 no Rio Grande do Sul
Estado decreta calamidade pública após passagem do ciclone, que também deixou 25 desaparecidos e mais de 3 mil resgatados
A Defesa Civil do Rio Grande do Sul atualizou os números referentes aos impactos causados pelo ciclone extratropical que assolou o Sul do país esta semana. O balanço mais recente, divulgado na noite de quinta-feira (7), elevou o número de vítimas para 41, enquanto o total de desaparecidos subiu para 25. Até o horário das 19h, 3.037 pessoas foram resgatadas. A tragédia afetou diretamente 122.992 pessoas, com 2.944 delas desabrigadas e 7.607 desalojadas. O número de feridos foi registrado em 43.
A lista de cidades impactadas revela a gravidade, com Muçum liderando em número de óbitos (15), seguida por Roca Sales (10) e Cruzeiro do Sul (4). Além disso, várias cidades enfrentam situações críticas de desaparecimentos, como Arroio do Meio, Lajeado e Muçum.
O governador Eduardo Leite declarou estado de calamidade pública na quarta-feira e alertou para a possibilidade de mais mortes à medida que as equipes de resgate avançam nos trabalhos. Leite descreveu o cenário observado nos sobrevoos como "desolador" e enfatizou o compromisso do estado em fornecer todo o suporte necessário.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um boletim alertando para a continuidade das chuvas intensas nos próximos dias, prevendo tempestades que podem acumular entre 70 e 100 mm de água. As mesmas áreas já afetadas pelo ciclone devem ser novamente atingidas. Devido à gravidade da situação, o governo gaúcho cancelou os desfiles de 7 de Setembro em todo o estado.
