Cientistas da Nova Zelândia descobrem primeiro buraco negro ‘isolado’

Estudo foi conduzido durante 270 dias, com dados do telescópio Hubble

[Cientistas da Nova Zelândia descobrem primeiro buraco negro ‘isolado’]

FOTO: Divulgação/Universidade do Estado de Ohio

Um estudo realizado por cientistas aponta a descoberta do primeiro buraco negro “solitário”. Trata-se do MOQ-2011-BLG-191/OGLE-2011-BLG-046 que, ao que tudo indica, está vagando pela Via Láctea sem interagir com qualquer objeto. Desde 1964, quando cientistas descobriram a existência do primeiro buraco negro, o Cygnus X-1, sempre houve um padrão: os buracos negros faziam parte de um sistema binário.

Por estarem próximos de algum matérial, seja uma nuvem de gás, estrela ou qualquer outro objeto, os buracos negros ‘se alimentam’ e distorcem a luz. Isso  permite que os cientistas o observem. Por isso, essa nova descoberta dos astrônomos da Nova Zelândia é, no mínimo, surpreendente. Em entrevista à CNN, os cientistas afirmaram que observaram o buraco negro solitário por 270 dias usando dados do telescópio Hubble com uma tecnologia chamada microlenteamento gravitacional.

“Quando um buraco negro, ou qualquer objeto massivo, passa na frente de um objeto brilhante, ele faz com que a luz desse objeto brilhante se curve e seja magnificada. Isso significa que esse objeto fica ainda mais brilhante. Então, se observarmos uma estrela por tempo suficiente e, em algum momento, vimos seu brilho aumentando e depois diminuindo, esse pode ser um indício de que algum objeto massivo serviu como uma microlente gravitacional”, explicou Karolina Garcia, mestre em astronomia e aluna na Universidade da Flórida,

Nas observações do MOQ-2011-BLG-191/OGLE-2011-BLG-0462, os pesquisadores conseguiram observar a luz de uma estrela que estava sendo distorcida em um dado ponto da sua trajetória. A diferença é que ela não faz parte de um sistema binário, ela estava muito distante do buraco negro.

Os astrônomos determinaram que esse buraco negro isolado tem uma massa de cerca de sete vezes a do nosso Sol e está cerca de cinco mil anos-luz de nós. Além disso, os cientistas descobriram que o buraco negro isolado tem um ‘movimento adequado’ de 45 km/s através da galáxia.


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