Cientistas usarão nova técnica para eliminar HIV totalmente do corpo

A esperança está na estratégia chamada de shock and kill

[Cientistas usarão nova técnica para eliminar HIV totalmente do corpo]

FOTO: NIAID/NIH

Cientistas anunciaram nesta quarta-feira (22), o sucesso de dois diferentes métodos para "desentocar" o vírus da Aids. A maior dificuldade de encontrar o vírus é que ele pode se "esconder" dentro de células humanas, adotando uma forma latente que impede sua localização por drogas ou pelo sistema imune.

Sendo assim, os trabalhos, liderados pela Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill e pela Universidade Emory, de Atlanta, ambas nos EUA, obtiveram sucesso em reativar sinais da presença do vírus em experimentos com macacos e camundongos.

Para que isso fosse possível, os pesquisadores usaram drogas que fazem com que o HIV saia da latência e comece a produzir as proteínas que o compõem, deixando-o exposto.

Como o vírus do HIV é capaz de infectar apenas humanos, cientistas alteraram a medula óssea de camundongos, usando tecido humano, para que esses roedores passassem a produzir células vulneráveis ao vírus da Aids.

“Shock and Kill”

Tanto nos símios quanto nos roedores, as diferentes estratégias para desentocar o HIV de seu esconderijo funcionaram. Os cientistas manifestam esperança de que a estratégia shock and kill (provocar o vírus para depois matá-lo) possa se tornar realidade para humanos. O primeiro passo para a transição até testes clínicos é usar antirretrovirais para demonstrar a fase do "kill" (matar) em animais, porque os estudos atuais se dedicaram apenas ao "shock" (assustar).

Apesar de reconhecerem que há um longo de caminho de pesquisa pela frente, cientistas não relacionados com os dois estudos expressaram otimismo.

Dificuldade

Um desafio a ser enfrentado, ainda, é a habilidade do vírus de plantar seu código genético dentro do DNA. Não está claro ainda se isso pode sabotar as ambições dos pesquisadores na busca da cura, porque o HIV poderia em tese se recriar a partir dos cromossomos humanos. E é preciso saber, também, se há algum grupo de células que resiste às terapias criadas agora para impedir o vírus de se esconder.


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