Com pandemia, ofertas de ações batem recorde ao atingir R$ 94 bilhões
Em 2019, foram R$ 89,6 bilhões em 38 ofertas
O volume financeiro das ofertas iniciais (IPO) e subsequentes (follow-on) até o momento supera em R$ 4,5 bilhões toda a captação de 2019 e em R$ 24 bilhões o segundo melhor período da bolsa, em 2007. As informações são do Valor com base em dados da B3.
Até 9 de outubro deste ano, as 38 operações, das quais 20 foram ofertas iniciais, movimentaram R$ 94,1 bilhões. Em 2019, foram R$ 89,6 bilhões em 38 ofertas, sendo apenas cinco IPOs. Ao longo de 13 anos, a janela de ofertas de ações teve o melhor desempenho em termos de IPOs, onde 76 das operações, que captaram R$ 70,1 bilhões, 64 foram aberturas de capital, com um volume somado de R$ 55,6 bilhões.
Somente em outubro foram realizadas quatro ofertas até o momento, que se somam às 34 operações concluídas entre janeiro e setembro. Até o momento, 2020 também soba R$ 27,2 bilhões em IPOs, mas o ano tem chances de igualar ou superar a marca de 2007.
Atualmente, há cinco IPOs em andamento de empresas que já definiram a faixa de preços. Juntas, o marketplace on-line Enjoei, a plataforma virtual de vinhos Wine, o aplicativo de cashback Méliuz, a varejista de esportes Track & Field e a construtora Pacaembu podem levantar no total R$ 3,7 bilhões, sem considerar os possíveis lotes adicionais, e adotando o meio das faixas indicativas de preços.
Ainda segundo o Valor, outras operações com grandes chances de sair este ano está a do grupo hospitalar Rede D’Or, que já apresentou pedido de registro de oferta e pode captar entre R$ 7,5 bilhões e R$ 10 bilhões em sua abertura de capital e o banco BV, que também há chances de levantar algo em torno de R$ 5 bilhões. Caso todas essas ofertas cheguem ao mercado, o ano pode ser concluído com uma captação total de quase R$ 115 bilhões.