Covid-19: Pfizer quer se livrar da dependência de medicamentos contra a doença
Vendas anuais da farmacêutica relacionados a vacinas e a um antiviral chegaram a US$ 56 bilhões
As vendas anuais da empresa Pfizer ultrapassaram a marca de US$ 100 bilhões pela primeira vez em 2022, impulsionadas pelos mais de US$ 56 bilhões arrecadados com a comercialização de produtos contra a Covid-19 – caso da vacina e do antiviral Paxlovid. No entanto, essa fonte de receitas deve diminuir.
De acordo com a previsão anunciada nesta terça-feira (31) pela empresa a estimativa é de que as vendas totais devem ficar entre US$ 67 bilhões a US$ 71 bilhões em 2023.
O declínio na receita relacionada à pandemia não é o único obstáculo que a Pfizer enfrenta. Em 2025, ele vai perder a proteção de patentes para alguns medicamentos de grande venda. Esse é o caso do Ibrance, para o tratamento de câncer, e do Xeljanz, para artrite.
Em contrapartida, a indústria lançou cinco novos produtos no ano passado e espera introduzir mais 14 no próximo ano e meio. A lista de novidades inclui uma vacina contra o vírus sincicial respiratório (RSV), bem como uma vacina para o vírus influenza.
Lucros
A empresa obteve lucro líquido de US$ 5 bilhões no quarto trimestre de 2022, um crescimento de 47% em relação ao lucro do mesmo período em 2021, segundo balanço publicado nesta terça-feira (31).
Com ajustes, a farmacêutica americana registrou lucro por ação de US$ 1,14, superando a previsão de analistas de US$ 1,05. Para 2023, a empresa prevê lucro por papel entre US$ 3,25 e US$ 3,45, enquanto a expectativa do mercado era de US$ 4,34.