Damares responde a cobranças sobre greve de fome de homem que culpa Estado por tráfico de órgãos do filho

A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, respondeu às críticas no Twitter na noite da ultima sexta-feira (2),  sobre a situação de Paulo Pavesi, que cobra respostas sobre a morte do filho ocorrida em 2000. 

"Queria que o governo brasileiro lhe fornecesse um meio de subsistência. Mas não há previsão legal para que o Governo assim o faça. Não há decisão judicial que autorize. Ficamos de braços atados", disse Damares.

Paulo está dormindo na rua de Londres em forma de protesto e pede R$ 20 milhões em indenização pela morte do menino.  "Também o convidamos a entrar no Ministério para recebê-lo. Ele afirmou que não queria ser recebido nem pela ministra, e que não sai dali até que o Estado Brasileiro deposite R$ 20 milhões em sua conta e quer anistia total de todas as ações sofridas por ele", continuou. 

De acordo com a ministra, Paulo foi convidado para uma reunião, mas a recusa. "Hoje mesmo o convidaram novamente a entrar. Não quis. Não tenho poderes para indenizá-lo", concluiu Damares", disse. 

O menino, aos 10 anos de idade, feriu a cabeça e foi levado ao Hospital Pedro Sanches,  em Poços de Caldas, Minas Gerais. Lá foi submetido a cirurgia, onde sete médicos retiraram os órgãos da criança, que ainda estava viva.  

Uma decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) garantiu que os médicos Celso Roberto Frasson Scafi, Cláudio Rogério Carneiro Fernandes e o anestesista Sérgio Poli Gaspar, condenados pela retirada dos órgãos do menino Pavesi, continuem em liberdade e exercendo a profissão em Poços de Caldas. 

Nas redes sociais, o caso gerou críticas ao governo. #SomosTodosPavesi alcançou os trending topics no twitter. 

No YouTube, Paulo Pavesi faz lives diárias com relatos do período que está nas ruas.  Nos vídeos, ele também faz críticas à esquerda política e aos governantes a quem chama de "hipócritas".