Desde o início da pandemia, Brasil ganhou quase 1 milhão de MEIs

De acordo com dados divulgados pelo Portal do Empreendedor, do governo federal, o número total de registros de microempreendedores individuais (MEIs) atingiu 10,775 milhões no último dia 12 de setembro, quando comparado a data do último balanço, em 7 de março, antes do início da pandemia do novo coronavírus, que registrou 9,788. Ou seja, houve um acréscimo de 985 mil trabalhadores. 

O MEI é um regime tributário que isenta alguns impostos e foi criado para incentivar e facilitar a formalização de pequenos negócios e de trabalhadores autônomos, a exemplo de vendedores, cabeleireiros, pedreiros, professores particulares, etc. 

Esse aumento quase 1 milhão de cadastros em meio à pandemia de Covid-19, se dá pelo crescimento do desemprego em razão dos impactos econômicos gerados pela doença, o que fez com que os brasileiros empreendessem por necessidade. 

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o total de 10,8 milhões de MEIs já equivale a mais de um terço do número de empregos com carteira assinada no país, que no segundo trimestre deste ano reuniu 30,2 milhões de pessoas. 

Em contrapartida dos 1,092 milhão de empregos formais que foram perdidos nos primeiros sete meses do ano, o Ministério da Economia divulgou que os MEIs passaram a ser responsáveis, no final de agosto, por 55% do total de 19,289 milhões de empresas ativas no Brasil. 

Para realizar o registro e ser um MEI, é preciso checar de o negócio é compatível com as 500 atividades permitidas. Para se inscrever, basta acessar o Portal do Empreendedor.

Confira alguns dos benefícios do MEI:

Legalização das atividades desempenhadas
Redução do número de impostos, com isenção dos federais
Contribuição de valor menor para a Previdência Social
Pagamento simplificado de tributos
Direito a aposentadoria, auxílio-doença e auxílio-maternidade
Possibilidade de contratação por outras empresas
Possibilidade de emissão de notas fiscais