Dados do sistema de alertas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados nesta sexta-feira (8), mostram que a Amazônia registrou um desmatamento de até 15% menor no mês de março, comparado a 2021-312,42 km². Entretanto, o primeiro trimestre de 2022 foi o pior da série histórica do Inpe. Janeiro, fevereiro e março registraram alta de 64% no desmatamento em relação ao ano passado,

Normalmente, os primeiros meses do ano não costumam ser foco de desmatamento. Isso acontece porque, de dezembro a março, a maioria dos estados estão em estação chuvosa, o que dificulta e encarece o desmate. Mesmo assim, 2022 começou com recorde de perda de floresta, com taxas comparadas a períodos de estação seca em anos onde houve maior ação contra os crimes ambientais.

A porta-voz de Amazônia do Greenpeace Brasil, Cristiane Mazzetti, lembra que a divulgação dos dados ocorre na mesma semana em que o país divulgou novas metas para redução de gases do efeito estufa. O desmatamento é a principal fonte de liberação de carbono no Brasil. No ano passado, o Brasil, junto a outros países, assinou uma declaração para deter e reverter desmatamento ate 2030.