Aviões lotados, muita turbulência, uma viagem longa e várias crianças aos berros e aos pontapés nas cadeiras. O cenário é assustador para pais, tripulação e passageiros, mas quem viaja de avião constantemente sabe que é uma realidade que tem acontecido cada vez com mais frequência.
Viajar com crianças é uma experiência familiar muito importante, mas pode significar também momentos de grande estresse, principalmente para quem não é da família e não tem obrigação legal de se sentir incomodado com as crianças alheias.
A Skycop, empresa especializada nos direitos dos passageiros aéreos, destaca algumas dicas que podem fazer a diferença entre um voo tranquilo e uma viagem repleta de turbulência infantil.

•    Regulamentos: as companhias aéreas têm diferentes regras no que toca à presença de crianças a bordo. Antes de comprar bilhetes é importante avaliar os custos de um lugar para uma criança menor, por exemplo, ou mesmo avaliar se é possível usar todo espaço para colocar os equipamentos da criança.
•    Notas amigas: alguns pais mais experientes costumam escrever bilhetes simpáticos ou mesmo levar doces para oferecer aos passageiros vizinhos que não têm como escapar ao incomodo causado pela bagunça de algumas crianças mais elétricas.
•    Documentação: para viajar, qualquer criança deve ter passaporte ou RG válido. Para quem vai para o exterior, é bom saber que a certidão de nascimento não é considerado pela União Europeia como um documento válido.
•    Fazer as malas: esta é uma das etapas mais importantes numa viagem em família. Você deverá ter na mala tudo o que precisa para cuidar das crianças, e, muito importante, muitos dispositivos para entretê-las. É preferível levar brinquedos a mais do que cair no erro de o seu filho ir a viagem toda aborrecido por causa do brinquedo que ficou esquecido no quarto.
     • Estratégia: a duração do voo é o maior desafio pais, para os seus filhos e passageiros. Escolher voos alinhados com a hora de dormir das crianças poderá ser uma boa estratégia, em caso de voos longos. Snacks e brinquedos (que não façam ruídos) são também boas soluções para entreter os seus filhos. Não se esqueça que para eles pode ser difícil aliviar o desconforto provocado pela pressão do ar. Por isso, durante a descolagem e aterragem o ideal é que os bebês e as crianças bebam líquidos pela mamadeira, garrafas, chuquinha, ou, no caso dos mais velhos, é bom ter pirulitos ou pastilha para aliviar a pressão nos ouvidos.
O CEO da Skycop, Lukas Rasciauskas, reforça que “viajar com os seus filhos poderá ser estressante, mas uma viagem bem preparada é a melhor forma para lidar com desconfortos e distúrbios que possam acontecer.”
Ao viajar com os seus filhos, acresce o desafio de ter de gerir a eventual frustração da família caso o voo se atrase ou seja cancelado. 
É essencial ter em mente que os valores de comida, bebida ou acomodação em caso de atraso não contam como compensação. No caso de um longo atraso ou cancelamento, a companhia aérea deve fornecer refeições e bebidas gratuitas, acesso a duas chamadas gratuitas, e-mail ou enviar um fax gratuito. Quando a espera implica pernoitar uma ou mais noites,  às regras preveem hospedagem gratuita no hotel, incluindo transporte de ida e volta para o aeroporto.
Talvez não haja compensação que pague a desilusão dos seus filhos caso vejam as férias porque tanto esperaram, arruinadas. Porém nunca é demais conhecer os seus direitos.
As companhias aéreas têm diferentes preços e regras no que toca ao transporte de crianças, é bom verificar no site da companhia.