Empresários da indústria estão menos otimistas e mais cautelosos em 2022, aponta CNI

Isso é impulsionado por conta de incertezas políticas e econômicas, alta de casos de Covid e dificuldades de obtenção de matérias-primas

[Empresários da indústria estão menos otimistas e mais cautelosos em 2022, aponta CNI ]

FOTO: Reprodução/G1

A CNI (Confederação Nacional da Indústria) divulgou nessa quinta-feira (20) um levantamento feito com representantes do setor, em que mostra que, os empresários demonstram menos otimismo para este ano do que o do início de 2021, apesar da utilização da capacidade instalada não ser das piores (em dezembro, foi de 68%, acima da apresentada no último mês de vários anos anteriores). 

Isso é impulsionado por conta de incertezas políticas e econômicas principalmente com o ano eleitoral, da alta de casos de Covid-19 e das persistentes dificuldades de obtenção de matérias-primas.

De acordo com o gerente de análise industrial da CNI, Marcelo Azevedo, dezembro é um mês em que naturalmente cai a produção, na comparação com novembro. Isso ocorre porque as fábricas trabalham muito para suprir as vendas de fim de ano das lojas e tendem a reduzir a velocidade no último mês.

Em razão disso, não foi ligado o alerta vermelho na indústria com as quedas na produção e na utilização das máquinas apontadas pela sondagem de dezembro.

O índice de evolução da produção ficou em 43,3 pontos. O resultado fica abaixo da linha divisória de 50 pontos, que separa a expectativa de redução ou crescimento. "Não obstante, a queda na passagem de novembro para dezembro de 2021 foi mais intensa que em 2020, quando o índice ficou em 46,8 pontos", diz a confederação.

O índice de expectativa de demanda caiu 2,7 pontos na comparação de janeiro de 2022 com janeiro de 2021. Segundo o analista da CNI, a dificuldade para encontrar insumos e os altos impostos continuarão em 2022, e a eles se juntam as indefinições políticas e econômicas trazidas pela próxima eleição.

"A cautela é inevitável. Não se sabe ainda o rumo que as políticas econômicas podem tomar a partir do ano que vem, e isso deixa naturalmente os industriais com receio. Falou-se pouco ainda sobre economia nas propostas dos candidatos", disse. 


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