Entre a Cruz e a Cumbuquinha

[Entre a Cruz e a Cumbuquinha]

FOTO: Reprodução

Sem querer abrir mão mais uma vez de alçar voos maiores, o deputado federal da bancada evangélica, Márcio Marinho, tem pressionado o ex-prefeito ACM Neto a colocá-lo para ocupar a vaga de vice na chapa que vai disputar o governo da Bahia. O partido do Bispo da Universal -  Republicanos - tem servido de barriga de aluguel para os interesses de Neto já faz um bom tempo. Primeiro, cedeu a legenda para o então chefe de gabinete,  João Roma, concorrer à Câmara Federal e ainda agraciou o então candidato com a maior parte da verba partidária, maior, inclusive, que a do próprio Bispo. 

Depois, tentou colar nomes da igreja para disputar o governo em 2018 diante da desistência do então demista, o que também foi negado pelo mesmo e, mesmo João Roma tendo feito questão de manter distância como "agradecimento" ao apoio que recebeu de Marinho, o Bispo segue "netista" e mantém o apoio ao candidato do UB no pleito desse ano. O Republica­nos no entanto, não saiu grande da negociata e ainda teve que ceder a legenda mais vez para o que deve sim ser o nome do vice, Marcelo Nilo. 

Marinho só ganhou espaço uma vez, em 2008, quando Neto disputou a prefeitura de Salvador pela primeira vez. Mas, na época, ao invés de bênçãos, o bispo trouxe  azar e fez ACM amargar a derrota no pleito municipal.Agora a situação é outra. Passados 14 anos, o público evangélico cresceu consideravelmente e Neto pode estar em uma sinuca de bico por causa do povo do

Candomblé, que não vê com muita simpatia o fato de Marinho estar tão ligado a religião que mais critica os cultos africanos.
Entre a cruz e a "cumbuquinha", vamos ver onde Neto vai optar por colocar seu vice.


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