Estudo mostra que personalidade genética entre pais e filhos não é tão significativa

Um recente estudo revela que similaridades no comportamento entre pais e filhos são menos significativas do que muitos pensam: é apenas ligeiramente mais provável que a criança compartilhe traços da personalidade com o pai ou com a mãe do que com um completo estranho, por exemplo.

Pesquisadores da Escola de Filosofia, Psicologia e Ciências da Linguagem da Universidade de Edimburgo, na Escócia, e da Universidade de Tartu, na Estônia, afirmam que isso não quer dizer que a influência dos pais não exista, mas que, por não ser tão forte, é impossível prever de forma acurada como um indivíduo vai pensar, sentir ou agir a partir do seu pai ou de sua mãe. 

“Os genes que os pais transmitem aos filhos não são suficientes para tornar a maioria dos traços de personalidade semelhantes”, diz o autor principal do trabalho e professor da Universidade de Edimburgo, René Mottus, em comunicado.

No estudo, os cientistas selecionaram aproximadamente 2,5 mil participantes do Estonian Biobank, uma extensa coleção de informações de saúde de voluntários em todo o país. Cada indivíduo era parente de ao menos uma outra pessoa.

Os resultados revelaram que apenas cerca de 40% dos traços de personalidade podiam ser atribuídos à herança dos pais. Embora esse percentual seja superior à média de 25% encontrada em estudos de autoavaliação, ainda é considerado insuficiente para estabelecer uma semelhança significativa entre pais e filhos.