Estudos desenvolvidos nos Estados Unidos mostram que os testes caseiros de covid-19 são eficientes, mas muitos não reportam mais os resultados às autoridades de saúde. A vantagem desse tipo de teste é que os indivíduos podem saber de forma rápida e conveniente seu status de infecção logo no início da doença.

Em relação ao teste PCR, os testes de farmácia ficam aquém na detecção do vírus porque só podem detectar as proteínas virais presentes na amostra. O PCR, por outro lado, amplifica o material genético em uma amostra e, por isso, consegue detectar quantidades extremamente pequenas de material viral.

Testes preliminares comprovaram que testes rápidos que identificaram a variante ômicron apresentavam atrasados de um a dois dias no resultado positivo, em comparação aos testes que identificavam a variante delta. Entretanto, estudos desenvolcidos pela equipe da Escola Médica da Universidade de Massachusetts mostraram que os testes de farmácia foram capazes de identificar a variante ômicron tão bem quanto a delta.

Além disso, os pesquisadores concluíram que os testes em série, aqueles realizados com 24 a 36 horas de intervalo, são fundamentais em caso de testes de farmácia. Se uma pessoa teve uma infecção detectada por um teste de PCR por pelo menos dois dias seguidos, um ou dois dos testes de farmácia realizados no mesmo período também detectaram a infecção mais de 80% do tempo. Em comparação, um único teste rápido detectou muito menos infecções.

Em relação às notificações, os estudos concluíram que os testes rápidos são uma ferramenta fundamental de saúde pública, que podem ajudar a reduzir o contágio, mas apenas um em cada três participantes com maior risco de infecção enviaram seus resultados aos departamentos de saúde.

Os pesquisadores observaram que testes negativos foram mais reportados que os positivos, e que os incentivos, como pagamentos em dinheiro, auxiliam neste processo.