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Fome cresce no mundo e atinge 9,8% da população, aponta ONU

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Fome cresce no mundo e atinge 9,8% da população, aponta ONU

Segundo pesquisa, número de pessoas afetadas pela fome em todo o mundo subiu para 828 milhões em 2021

Por Da Redação
Fome cresce no mundo e atinge 9,8% da população, aponta ONU
Foto: Unicef /Sebastian Rich

O número de pessoas afetadas pela fome em todo o mundo subiu para 828 milhões em 2021, uma alta de cerca de 46 milhões desde 2020 e 150 milhões desde o início da pandemia de Covid-19. As informações foram divulgadas no relatório Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo 2022, lançado pela ONU nessa quarta-feira (5).

De acordo com os dados apresentados, a proporção de pessoas afetadas pela fome vinha praticamente inalterada desde 2015, próxima de 8% da população global. Com a crise de saúde e a guerra na Ucrânia, o número saltou nos últimos anos e agora já afeta 9,8% das pessoas no mundo.

Segundo a escala de insegurança alimentar, fome é definida como “privação alimentar”. Já insegurança alimentar moderada é quando as pessoas enfrentam incertezas sobre sua capacidade de obter alimentos e foram forçadas a reduzir a qualidade ou quantidade de alimentos. A insegurança alimentar severa é quando as pessoas ficam sem comida por um ou mais dias.

Além da parcela da população que sofre com a fome, outras cerca de 2,3 bilhões de pessoas no mundo, ou 29,3% da população global, estavam em insegurança alimentar moderada ou grave em 2021. O valor é de 350 milhões a mais em comparação com antes do surto da pandemia de Covid-19.

Os resultados do relatório também apontam que quase 924 milhões de pessoas, ou 11,7% da população global, enfrentaram insegurança alimentar em níveis graves, um aumento de 207 milhões em dois anos.

Preço dos alimentos

Segundo a publicação, quase 3,1 bilhões de pessoas não podiam pagar uma dieta saudável em 2020, 112 milhões a mais que em 2019, refletindo os efeitos da inflação nos preços dos alimentos ao consumidor decorrentes dos impactos econômicos da pandemia de Covid-19.

A disparidade de gênero na insegurança alimentar continuou a aumentar em 2021: 31,9% das mulheres no mundo sofrem com a insegurança alimentar moderada ou grave, em comparação com 27,6% dos homens. A cresceu em 1% em comparação com 2020.

A estimativa apresentada no relatório é que 45 milhões de crianças menores de cinco anos sofriam definhamento, a forma mais mortal de desnutrição, o que aumenta o risco de morte das crianças em até 12 vezes.

Além disso, 149 milhões de crianças com menos de cinco anos tiveram crescimento e desenvolvimento atrofiados devido à falta crônica de nutrientes essenciais em suas dietas, enquanto 39 milhões estavam acima do peso.

O relatório aponta progressos no aleitamento materno exclusivo, com quase 44% dos bebês com menos de seis meses de idade sendo exclusivamente amamentados em todo o mundo em 2020. A meta para 2030 é atingir os 50%. No entanto, duas em cada três crianças não recebem uma dieta mínima diversificada que eles precisam para crescer e desenvolver todo o seu potencial.

Projeções

Olhando para o futuro, as projeções do relatório são de que cerca de 670 milhões de pessoas, 8% da população mundial, ainda enfrentarão fome em 2030 mesmo que uma recuperação econômica global seja levada em consideração.

O número volta aos patamares de 2015, quando a meta de acabar com a fome, a insegurança alimentar e a desnutrição até o final desta década foi lançada na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.

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