Governo Federal leiloa Parque Nacional do Iguaçu por R$ 375 milhões

Concessão visa o desenvolvimento de novas atividades no parque

[Governo Federal leiloa Parque Nacional do Iguaçu por R$ 375 milhões]

FOTO: Fabíola Sinimbú/Agência Brasil

O Parque Nacional do Iguaçu foi concedido nesta terça-feira (22) à iniciativa privada por um valor de R$ 375 milhões. A proposta partiu do Consórcio Novo PNI e representou ágio de 349,45% em relação ao previsto no edital.

O evento para o leilão aconteceu mais cedo, organizado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), na sede da B3, a Bolsa de Valores de São Paulo. Segundo a pasta, esse é um dos maiores projetos de concessão no setor.

Duas empresas fizeram propostas para a concessão do Parque Nacional do Iguaçu, sendo o Consórcio Reserva Iguaçu a segunda. Após a apresentação das propostas em papel, o leilão promoveu propostas por viva voz, com dez propostas.

O vencedor do certame, o Consórcio Novo PNI, é formado pelo Grupo Cataratas [atual gestor do parque] e pela Construcap [empresa que é concessionária do parque Ibirapuera, em São Paulo].

Martha Seillier, secretária especial da secretaria do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do Ministério da Economia, afirmou que a concessão vai permitir o desenvolvimento de novas atividades no parque.

“Isso vai permitir que tenhamos novos polos sendo visitados na região. Hoje só conhecemos basicamente o polo onde estão as quedas d’água. Temos três novos polos que serão desenvolvidos, novas trilhas, teleféricos e o trem que vai conectar os passageiros de forma mais sustentável”, explicou.

O leilão foi acompanhado pelo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, e pelo ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite.

“A conexão entre os parques e o turismo de natureza é uma grande oportunidade de geração de renda, de geração de emprego verde, aliada à proteção ambiental, como essa concessão exige”, disse o ministro.

Além disso, o ministro aponta que parte dos recursos obtidos nessa concessão serão direcionados ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Já o percentual destinado à fiscalização, no entanto, não foi divulgado pelo governo.

“Esse novo modelo [de concessão] é desenhado para que o ICMBio tenha mais capacidade de proteção e fiscalização”, respondeu sobre o valor a ser destinado ao instituto.

O projeto de concessão prevê investimentos de R$ 500 milhões em novas infraestruturas, além de outros R$ 3,6 bilhões em operação do parque durante o período de concessão, previsto para 30 anos. O edital também define que o concessionário não poderá cobrar pelo ingresso um valor acima do estabelecido em contrato. 

Um desconto no ingresso para moradores dos 13 municípios do entorno do parque também está previsto no acordo. O edital determina ainda aspectos ligados à preservação ambiental e preocupação com as comunidades do entorno.

Atualmente, o preço do ingresso do parque cobrado de brasileiros é de R$ 63 para pessoas acima dos 12 anos, contando-se com a taxa para conservação e transporte. Para visitantes de países do Mercosul, esse mesmo ingresso é vendido a R$ 85 e para visitantes dos demais países, R$ 107.


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