Governo rejeita nome de Tombini para a vice-presidência do BID
Indicação foi feita pelo novo presidente da instituição, Mauricio Claver-Carone
O governo brasileiro decidiu nesta terça-feira (13), rejeitar a indicação de Alexandre Tombini, ex-presidente do Banco Central na gestão da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), para a vice-presidência do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A indicação foi feita pelo novo presidente da instituição, Mauricio Claver-Carone.
De acordo com fontes da área econômica, o ministro Paulo Guedes não quis comprar uma briga com grupos ideológicos que apoiam o presidente Jair Bolsonaro e bancar a indicação de Tombini. Além disso, um das fontes disse que a decisão foi reforçada pela leitura de que já havia sido desgastante a passagem de Joaquim Levy pela presidir o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Chamado de petista por apoiadores de Bolsonaro, Levy, ex-ministro da Fazenda de Dilma, foi criticado publicamente pelo presidente mais de uma vez. Antes da indicação de Carone, o governo brasileiro queria indicar o secretário especial de produtividade, Carlos da Costa. Com o impasse, Costa irá presidir o braço de investimentos do banco, o BID Asset.
Carone escolheu Richard Martinez, ex-ministro de Finanças do Equador, para ser o vice-presidente do BID. A escolha de um presidente indicado pelos EUA para o BID quebrou uma tradição de 60 anos de comando da instituição por um latino-americano. A expectativa era de que um nome do Brasil presidisse o banco, mas o governo brasileiro aceitou apoiar o candidato apresentado pelo presidente dos EUA, Donald Trump.