Há 20 anos, Popó alcançava o primeiro título mundial da carreira

Pugilista se tornou ao lado de Eder Jofre e Miguel de Oliveira, um dos únicos tricampeões mundias do esporte

[Há 20 anos, Popó alcançava o primeiro título mundial da carreira]

FOTO: Reprodução

Soa o gongo e o boxeador parte pra cima com uma velocidade que causa espanto, com golpes firmes, uma esquiva veloz, manda o adversário pra lona em exatos 101 segundos de luta. História que parece de cinema, mas um brasileiro conquistou esse marco há exatos 20 anos, o nome dele: Acelino Popó Freitas.

Após superar a infância pobre, e se dedicar aos treinos com Luiz Dórea, chegava o grande momento de marcar o nome na história do boxe. O desejo era entrar pro hall da fama do esporte, que tinha nomes como Eder Jofre e Miguel de Oliveira, ambos tricampeões mundiais das categorias galos, penas e médios-ligeiros. 

A França era o grande palco do embate entre um baiano promissor de apenas 23 anos, com um cartel invicto de 21 vitórias, todas por nocaute, diante do campeão russo Anatoly Alexandrov, pelo título mundial dos superpenas (categoria até 57,153). Era uma luta cercada de expectativas, principalmente pelo povo brasileiro e baiano. Mas a sequência de golpes agressivos e rápidos, mal deu tempo de aquecer as luvas. Com um nocaute de 1min41seg, Popó alcançava o estrelato e deixava o oponente literalmente sem ar, afinal ele precisou de aparelhos para recuperar o fôlego do imponente pugilista.

Segundo Popó, a conquista do Mundial serviu para abrir portas para outros pugilistas conquistarem seu espaço.

"Foi mudança de vida conquistar um título mundial que o Brasil não tinha há 25 anos, mudança no esporte brasileiro, tivemos várias conquistas depois disso, como a medalha de ouro com Robson Conceição, e o campeonato mundial com Everton Lopes. Então, abriu muitas portas pro boxe, as pessoas acreditarem e saber que o boxe é muito forte em Salvador", afirma.

Popó ainda diz acreditar que boxeadores mais promissores como Esquiva Falcão e Robson Conceição podem alcançar objetivos maiores na carreira.

"Acredito sim, os meninos tem talento, tanto que um foi prata nas Olimpíadas de Londres e outro foi ouro no Rio. Estão invictos ainda como profissional. Acredito sim que podem chegar em um título maior. Sabemos que não é fácil pela categoria deles, pois tem alguns bons boxeadores, mas acredito que chegarão longe, já estão fazendo história", disse.

O pugilista prolongou sua hegemonia no mundo do boxe por quatro anos, defendendo o cinturão em dez vezes. Na Fonte Nova, em Salvador, com mais de 40 mil pessoas na platéia, Popó teve a primeira defesa e não decepcionou o público, vencendo o nicaraguense Anthony Martinez, após dois rounds. A trajetória vitoriosa ainda fez o brasileiro conquistar o tricampeonato mundial e construir um legado que perdura até hoje entre os mais jovens boxeadores que buscam o sucesso pelo esporte.

Na carreira, foram 43 lutas, com 41 vitórias, sendo 34 por nocautes, apenas duas derrotas.  


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