O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a proposta do governo para taxar super-ricos vem ganhando força global. Segundo ele, este tipo de medida pode auxiliar na construção de um futuro melhor em meio a problemas geopolíticos.

A declaração foi dada nesta quarta-feira (17), durante um encontro com jornalistas em Washington, nos Estados Unidos. Na ocasião, o ministro aproveitou para garantir que autoridades devem discutir mais tarde, em jantar do G20, como elevar fundos através de taxação de super-ricos e como investir recursos, lidando com transição climática e pobreza.

Durante o encontro, Haddad também afirmou que o governo está analisando quais medidas criadas pelo governo para bater as metas fiscais devem avançar no Congresso.

Proposta

O projeto visa mudar a taxação dos chamados fundos exclusivos, que nada mais são do que fundos de investimento voltados para quem tem, no mínimo, R$ 10 milhões. Com a novidade, a expectativa do governo é arrecadar R$ 54 bilhões até 2026.

De acordo com a proposta, haverá uma cobrança de 15% a 20% sobre os rendimentos desses fundos, que deve acontecer duas vezes ao ano, por meio do regime de "come-cotas". Atualmente, o pagamento do imposto só acontece na hora do resgate dos valores.