Economia
Relatório indica que o volume adquirido de bens de capital para o setor avançou 73,9% no período
FOTO: Valter Campanato/Agência Brasil
De acordo com o Indicador de Comércio Exterior (Icomex), divulgado nesta quarta-feira (17), e elaborado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o volume de bens intermediários importados pela agropecuária de janeiro a julho cresceu 10,4% em relação ao mesmo período do ano passado.
O relatório indica que o volume adquirido de bens de capital para o setor avançou 73,9% no período. As aquisições cresceram pelo aumento nos preços dos custos dos bens intermediários para a agropecuária, que saltaram 131% de janeiro a julho, enquanto os preços de bens de capital subiram 7,5%.
“Receios de desabastecimento no setor de adubos e fertilizantes e perspectivas de preços das commodities favoráveis influenciaram esses resultados”, justificou a FGV, em nota do Icomex. No acumulado do ano, o volume importado de adubo/fertilizantes cresceu 15,5%, a despeito de uma alta de preços de 138%.
A FGV ainda apontou que o saldo da balança comercial brasileira foi de US$ 5,4 bilhões em julho, US$ 1,9 bilhão a menos que em julho de 2021. No acumulado de janeiro a julho de 2022, houve um superavit de US$ 39,9 bilhões, ante um saldo de US$ 44,4 bilhões em igual período em 2021.
De acordo com a instituição, os destaques do comércio exterior foram:
- As importações de bens intermediários pela indústria recuaram 0,1% de janeiro a julho, enquanto as de bens de capital aumentaram 5,4%.
- No acumulado do ano, o Brasil aumentou o volume exportado para os principais parceiros comerciais, com exceção da China, que registrou queda de 12,8%.
- O maior crescimento foi registrado para a América do Sul (exceto Argentina), com alta de 14,3% no volume exportado pelo Brasil.
- O Brasil comprou menos de janeiro a julho, em volume, dos Estados Unidos (-1,4%), Argentina (-0,7%) e América do Sul exceto Argentina (-7,5%).
- Por outro lado, houve aumento no volume importado da China (7,8%), União Europeia (1,8%) e Ásia sem China e Oriente Médio (30,5%).
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