Incêndio no Ninho do Urubu completa 2 anos e grupo presta homenagem
Tragédia no Rio, em 2019, matou 10 jogadores e deixou três feridos
O incêndio no centro de treinamento do Flamengo, o Ninho do Urubu, completa nesta segunda-feira (8), dois anos. A tragédia matou dez adolescentes e deixou outros três feridos. Os atletas de base mortos tinham idades entre 14 e 16 anos. Para homenagear os jovens, cobrar justiça e medidas preventivas que impeçam outras tragédias, o Coletivo Gazela Negra fez um ato em frente ao centro de treinamento do Flamengo, em Vargem Grande, na zona oeste do Rio de Janeiro.
Na ação, o grupo, que é formado por torcedores negros de todos o país, pediu para que o Flamengo não jogue mais nos aniversários da tragédia. De acordo com o grupo, o dia 8 de fevereiro deve ser reservado para homenagens e reflexão. “Levamos uma faixa com os dizeres 'pela memória dos garotos, sem jogos dia 8/021'. Também pintamos dez estrelas [no asfalto] em homenagem aos dez meninos para ficarem bem visíveis a todos que chegarem lá, jogadores, comissão técnica, diretoria. A intenção é não deixar esquecer jamais”, disse um dos integrantes do Coletivo Gazela Negra, Rodrigo Baptista. Em nota, a assessoria de imprensa do Flamengo informou que a decisão de não haver jogos do clube no dia 8 de fevereiro não depende do clube.
Justiça
A Justiça do Rio de Janeiro, a pedido do Ministério Público (MPRJ), tornou réus os 11 denunciados, incluindo o então presidente do clube, Eduardo Bandeira de Mello, no dia 20 de janeiro. O MPRJ lista, em denúncia, diversas irregularidades cometidas pelos denunciados, como descumprimento de normas técnicas e desobediência a sanções administrativas impostas pelas autoridades. O Ninho do Urubu era usado para treinamento das categorias de base do clube, mas não tinha alvará de funcionamento.