Fabricantes de eletrônicos, equipamentos médicos, automóveis e outros produtos industriais, estão precisando rever cronogramas de lançamentos, estocar peças e adaptar a produção, por conta dos crescentes problemas no fornecimento de matérias-primas e componentes.

De acordo com a última sondagem da Confederação Nacional da Indústria (CNI), mais de 60% dos empresários entrevistados disseram que a falta de insumos e a alta dos custos são os principais problemas que ameaçam a recuperação do setor. Devido à redução da oferta de componentes, os custos estão subindo.

O Índice de Preços ao Produtor (IPP), do IBGE, acumula alta de quase 36% em 12 meses, que já começa a ser repassada ao consumidor. TVs e videogames, por exemplo, subiram 14,4% e 11,6%, só este ano. 

Em tempos normais, a taxa da falta de insumos na sondagem da CNI ficava em média 18%, segundo Renato Fonseca, economista-chefe da da entidade. Antes da pandemia, a carga tributária era a preocupação principal no meio dos empresários. Nos últimos quatro trimestres, o problema mais citado tem sido a falta de componentes.