A Itália avalia impor diferentes tipos de isolamento para pessoas que receberam e não receberam as vacinas contra a Covid-19, segundo informou fontes do governo nesta segunda-feira (27). A ideia é reduzir a quantidade de dias para quem já está imunizado e manter a regra completa para aqueles que se negam ser vacinados. Os novos prazos ainda serão avaliados e definidos pelas autoridades italianas. 

Atualmente, se uma pessoa vacinada entrou em contato com alguém que testou positivo para a doença, ela é notificada pelo sistema de reastreamento e precisa cumprir isolamento por sete dias. 

“A reflexão sobre o número de pessoas em quarentena foi feita nesta manhã com o ministro [da Saúde, Roberto] Speranza. Os cientistas estão estudando sobre isso no Instituto Superior de Saúde. Agora, as quarentenas devem ser diferentes entre vacinados e não vacinados e se está estudando como colocar isso em prática”, disse o comissário extraordinário para a pandemia, Francesco Paolo Figliuolo.   

Já o vice-secretário da Saúde, Pierpaolo Sileri, afirmou em entrevista à “SkyTg24”, que é “necessária uma revisão das regras de quarentena”, mas que esse “não é o momento” por conta dos riscos trazidos pela nova variante da Covid-19. 

“Eu acredito que isso seja desejável, mas provavelmente daqui a 10 ou 15 dias. É verossímil que a Ômicron seja já 50% a 60% do vírus que circula no país”, acrescentou destacando que acredita que o país baterá os 100 mil casos diários “em breve”.