O presidente eleito da Argentina, Javier Milei,afirmou nesta segunda-feira (20), em sua primeira entrevista após as eleições, que levará adiante o plano para fechar o Banco Central e dolarizar a economia, duas das principais e mais polêmicas propostas da campanha. Além disso, estipulou um prazo de 18 a 24 meses para conter a inflação do país, atualmente a 147% ao ano.

“Fechar o Banco Central é uma obrigação moral, e dolarizar [a economia] é uma maneira de nos livrarmos do Banco Central”, declarou à rádio argentina Continental. 

Milei também assegurou que, por enquanto, manterá a taxa de câmbio e não removerá a restrição ao estoque de dólares dos bancos do país. Além disso, ele afirmou que “tudo o que puder estar nas mãos do setor privado, estará”, referindo-se a empresas e instituições públicas como a petrolífera YPF e a emissora estatal de televisão. No entanto, ele negou qualquer intenção de privatizar a educação e a saúde.